quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Modernização do sistema metroferroviário não pode ser mais adiada

Transportes sobre trilhos

“Tão importante quanto expandir a rede metroferroviária do País é modernizar o sistema, a infraestrutura e a frota de trens. A modernização deve ser prioridade, visando garantir a regularidade do transporte, o aumento da oferta de serviço e o conforto dos passageiros. 

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“O setor metroferroviário nacional precisa progredir na modernização dos sistemas existentes para acompanhar o desenvolvimento tecnológico”. Esta é a afirmação da superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi. Para ela o avanço das tecnologias precisa ser acompanhado para que o Brasil possa chegar ao mesmo patamar que outros países em termos de eficiência na velocidade das composições, aumento da produtividade e ampliação da capacidade instalada.
“Tão importante quanto expandir a rede metroferroviária do País é modernizar o sistema, a infraestrutura e a frota de trens. A modernização deve ser prioridade, visando garantir a regularidade do transporte, o aumento da oferta de serviço e o conforto dos passageiros. E para as tecnologias serem eficientes é necessário ter uma rede de fornecedores que atenda as demandas por peças e equipamentos, com o objetivo de garantir um processo de manutenção eficaz”, explica a superintendente da entidade, que por mais de dois anos consecutivo apóia a NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul.
Como exemplo, Marchesi cita o sistema utilizado na manutenção dos trens da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. As composições da operadora são modulares e quando existe algum problema ou necessidade de revisão, os módulos são substituídos. Desta forma a operação ganha dinamismo, não sendo preciso parar o trem para fazer a manutenção ou troca de alguma peça. “Essas ações são pensadas para a eficiência da manutenção e garantia da oferta de trens para os passageiros”, completa a superintendente da ANPTrilhos.
Segurança - Outro ponto destacado por Marchesi foi a questão da segurança no sistema metroferroviário. Nos últimos anos o mercado vivenciou um crescimento acelerado da demanda pelo transporte de passageiros que acarreta medidas de segurança. A alta densidade de utilização, aliada à necessidade de garantia de altos níveis de segurança operacional, exige a adoção de meios tecnológicos mais avançados, baseados em telecomunicações que garantam a confiabilidade. Para isso, a organização internacional de ferrovias, International Union of Railways (UIC), recomenda a utilização de tecnologias de terceira e quarta gerações para a comunicação metroferroviária.
No Brasil, os trens da Linha 4-Amarela de São Paulo já utilizam o sistema driverless, que trafega sem condutor, e o Metrô de São Paulo testa a tecnologia no monotrilho da Linha 15-Prata e também utilizará no monotrilho da Linha 17-Ouro. “Essa é a tendência e é fundamental ampliar os canais de comunicação seguros e confiáveis para que os novos sistemas possam vir com essas tecnologias e avançar na utilização. E isso reflete na população, através da ampliação da oferta de trens e disponibilidade de assentos”.
Cargas - O transporte ferroviário de cargas também tem investido em tecnologias para aumentar a produtividade. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviaria (ABIFER), Vicente Abate, a indústria tem desenvolvido inovações eficientes capazes de intesificar a produtividade e competitividade para o transporte ferroviário. Como exemplo ele cita a Alstom Brasil, uma das empresas representantes do setor, que será a primeira a fornecer um sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) sem catenárias (cabos elétricos) para o Porto Maravilha. Serão entregues 32 composições modelo Citadis, além de sistemas de fornecimento de energia, sinalização e telecomunicações.
O presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Cargas (ANUT), Luiz Henrique Baldez, concorda com Abate sobre a importância das inovações tecnológicas para o setor, porém alerta que é preciso sanar os problemas de ineficiência, principalmente, física. Baldez explica que a velocidade do transporte ferroviário é muito baixa porque a malha brasileira atravessa muitos centros urbanos e ao entrar nestes locais a velocidade precisa ser reduzida. “As vezes você vem com uma velocidade de 40 km/h e precisa diminuir para 5 km/h. Temos de um lado as inovações tecnológicas que são introduzidas nas concessionárias, o que traz um benefício enorme como redução de custo e melhoria de produtividade, mas por outro lado nos temos um problema físico que precisa ser resolvido”, comenta.
Fonte - ABIFER  25/08/2015

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