PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Senado terá CPI para investigar setor de transporte público

Transportes

foto - ilustração
A comissão parlamentar de inquérito será instalada em 2014 para apurar os vícios em processos licitatórios que inibem a concorrência no setor de transporte público, além de falhas na condução dos contratos e em planilhas de custo


Karine Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Senadores vão instalar em 2014 uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os vícios em processos licitatórios que inibem a concorrência no setor de transporte público, além de falhas na condução dos contratos e falta de publicidade das planilhas de custo que permitiriam uma avaliação correta da relação entre as despesas e as tarifas de ônibus.
A criação da comissão só será possível porque duas assinaturas fundamentais – para atingir o mínimo de 28 exigidas, foram apresentas na Secretaria-Geral da Mesa, cinco minutos antes do prazo final, que terminou às 23h59 dessa quinta-feira (12). O requerimento de criação da CPI, proposto pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), chegou a ter 40 assinaturas, mas 14 foram retiradas.
A partir de agora os líderes deverão fazer as indicações dos integrantes da CPI que será instalada, em 2014, depois do recesso parlamentar.
“Pretendo com essa CPI, antes de tudo, fazer valer o direito do cidadão usuário de ônibus urbanos a receber do Parlamento o efetivo serviço de fiscalização dos processos de contratação, condução, definição de tarifas e concessão de subsídios “, disse Requião ao justificar a proposta.
Fonte - Agência Brasil 13/12/2013

Avaliação positiva do governo aumenta 6 pontos percentuais

Política


O percentual da população que avalia como ótimo ou bom o desempenho do governo da presidenta Dilma Rousseff aumentou de 37% para 43%. Os dados fazem parte da pesquisa da Confede- ração Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Ibope. A aprovação da maneira como ela governa oscilou de 54% para 56%

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O percentual da população que avalia como ótimo ou bom o desempenho do governo da presidenta Dilma Rousseff aumentou de 37% para 43%. A aprovação da maneira como ela governa oscilou de 54% para 56%, enquanto a parcela da população que confia na presidenta se manteve estável em 52%.
Os dados fazem parte da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Ibope, e divulgada hoje (13).
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro, em 727 municípios. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
Fonte -  Agência Brasil  13/12/2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

TAV permanece na "linha de projetos" da União

Transportes sobre trilhos ( TAV)

Valor Econômico
foto - ilustração
O ministro dos Transportes, , disse ontem que o Trem de Alta Velocidade (TAV), que interligará as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, continua na "linha de projetos" do governo que precisam sair do papel.
"O trem de alta velocidade está nos projetos. Como este ano só tivemos um interessado em participar da licitação, o governo achou por bem adiar o processo de licitação que escolheria a tecnologia a ser usada na operação", disse Borges, em audiência pública Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
O ministro afirmou que somente a Alstom se interessou em participar da licitação que seria realizada em setembro deste ano. Desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo tem tentado licitar o projeto, que já acumula diversos adiamentos.
Durante a audiência, o ministro frisou ainda ser um "adepto" da adoção do modelo de trem de alta velocidade no Brasil. Do contrário, disse ele, a ligação das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo terão que contar com novas alternativas de aeroportos e rodovias de alta capacidade para garantir o atendimento da demanda futura de fluxo de passageiros.
Borges questionou o fato de outros países como China, Espanha, França Alemanha, Japão e Coreia do Sul contarem com trens de alta velocidade em operação e o Brasil não. "Acho que é um avanço tecnológico para o Brasil. Temos que pensar grande, pensar no futuro", ressaltou.
Segundo estudos do governo, o trem-bala terá investimentos de R$ 35,6 bilhões, a preços de 2008. Após sucessivos adiamentos, o modelo de licitação passou por adaptações que levaram o leilão ser dividido em duas etapas.
Na primeira fase será escolhida a empresa detentora da tecnologia, que vai operar o trem por 40 anos, ficando responsável pelo investimento de R$ 8,7 bilhões. Em seguida, será feita a segunda etapa do leilão para a escolha das empresas que realizarão obras de infraestrutura (pontes, viadutos, túneis e via permanente), que consumirá R$ 26,9 bilhões, a preços de 2008.
Fonte - Revista Ferroviária  12/12/2013

Primeiro teste do VLT de Cuiabá a partir de fevereiro

Transportes sobre trilhos

 G1 MT
foto - ilustração
Os primeiros testes operacionais do metrô de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), principal obra de mobilidade urbana de Cuiabá para a Copa de 2014, deverão ser feitos a partir de fevereiro em Várzea Grande, cidade da região metropolitana da capital. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (11) pelo governador Silval Barbosa (PMDB), que também já admitiu a possibilidade de não entregar a integralidade do projeto dentro do prazo contratual, no mês de março.
Licitado por mais de R$ 1,4 bilhão, o VLT é a intervenção urbana mais cara já realizada pelo estado. O trem movido a energia elétrica foi planejado para substituir o transporte coletivo convencional no canteiro central das artérias da região metropolitana.
Devem ser construídos 22 quilômetros de trilhos em dois grandes eixos cortando a região, mas o próprio governo já informou que está em análise uma reformulação do cronograma de obras.
Segundo o governador, a partir de fevereiro os primeiros testes do metrô de superfície deverão ser feitos sobre os 10 quilômetros de trilhos atualmente em instalação no local que deverá funcionar como centro de controle e operação, logo ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Somente após os testes dentro da área da futura central que os vagões deverão ser instalados sobre os trilhos na área urbana.
A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) inclusive já informou que os testes externos deverão ser feitos no primeiro 1,5 km de via permanente, na Avenida João Ponce de Arruda que dá acesso ao Aeroporto e que leva ao centro de controle. O trecho ainda se encontra em obras.
Enquanto isso, o governo deve iniciar a discussão sobre o modelo de gestão do VLT. Em discurso na noite desta quarta-feira, o governador Silval Barbosa enfatizou que é uma necessidade urgente definir o modelo de operação.
Mais tarde, ele explicou que está em andamento um estudo que deverá apontar a melhor forma de concessão do novo sistema de transporte, que deverá ser interligado às rotas de ônibus do transporte coletivo convencional.

Viaduto do VLT
O governador aproveitou para fazer o anúncio dos testes no momento em que inaugurava a primeira obra do conjunto de intervenções previstas no pacote do VLT. O viaduto “Clóvis Roberto” (em homenagem ao radialista e jornalista morto em 2010) tem 428 metros de extensão na Avenida Fernando Corrêa da Costa e foi projetado para promover a passagem do trem, numa via permanente e central, e para agilizar o fluxo de veículos nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com duas pistas de rolamento adjacentes em ambos os sentidos.
A obra, entretanto, foi entregue inacabada. A parte inferior da estrutura (com pistas marginais e uma rotatória) por enquanto não está disponível para tráfego porque está sendo executada junto às obras da Avenida Parque do Barbado, que deverá promover novo acesso à UFMT e à Avenida Archimedes Pereira Lima, a Estrada do Moinho.
Por já se encontrar pronta a parte superior do elevado, o governador declarou que “não é justo segurarmos essa obra” e resolveu entregá-la para tráfego de veículos. Segundo o titular da Secopa, Maurício Guimarães, cerca de 7 mil veículos por hora devem passar pelas pistas do elevado nos horários de pico.
O viaduto também se encontra num eixo do projeto do VLT que pode não ser finalizado para a Copa de 2014, o eixo Centro-Coxipó, de 7 km de extensão. Devido às dificuldades com as remoções de interferências e desapropriações, os trabalhos atrasaram – como já atestaram relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) – e até o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a admitir a impossibilidade de entrega no prazo, recomendando ao governo dar prioridade ao eixo CPA – Aeroporto, de 15 km.
Fonte - Revista Ferroviária 12/12/2013

TREM REGIONAL DA BAHIA - Consulta pública

Transportes sobre trilhos

De: Denise Maria da Silva Ribeiro  - UFBa
foto - ilustração
Encontra-se publicado no site do Ministério dos Transportes, para fins de CONSULTA PÚBLICA, o Relatório Final do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Social, Ambiental e Jurídico-Legal para a Implantação de Sistemas de Transporte Ferroviário de Passageiros de Interesse Regional, relativo ao trecho Conceição da Feira - Salvador - Alagoinhas, na Bahia, trabalho desenvolvido através do Convênio de Cooperação Técnica entre o Ministério dos Transportes (MT) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Departamento de Transportes da Escola Politécnica.

Enviado por Gilson Vieira em 12/12/2013

Inquérito sobre cartel do Metrô de SP chega ao Supremo com 10 investigados

Política

André Richter
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração
Brasília – O inquérito da Justiça Federal que investiga o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo chegou hoje (12) ao Supremo Tribunal Federal e será relatado pela ministra Rosa Weber. A investigação foi remetida ao Supremo devido à inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) no inquérito. Como o parlamentar tem foro privilegiado, as acusações só podem ser analisadas pelo STF. Além de Jardim, pelo menos nove envolvidos são investigados, entre eles três secretários do estado de São Paulo. A ministra Rosa Weber terá que decidir se há indícios para abertura da investigação no Supremo.
Constam também no inquérito os nomes de José Anibal (secretário de Energia de São Paulo); Edson Aparecido dos Santos (secretário da Casa Civil do governo de São Paulo) e Rodrigo Garcia (secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo). Todos são deputados federais licenciados.
Os nomes de três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também aparecem na investigação: João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni também tiveram os nomes incluídos, assim como Arthur Gomes Teixeira.
No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.
Em novembro, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões em bens de suspeitos de participar do esquema, como forma de garantir o ressarcimento dos valores desviados. Foram afetadas pela decisão três pessoas jurídicas e cinco pessoas físicas, incluindo três ex-diretores da CPTM. A solicitação foi feita após a PF após tomar conhecimento de que autoridades suíças, que também investigam as suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação internacional ao Brasil.
A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.
O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, feita pelo Cade em conjunto com a Polícia Federal. A investigação teve início a partir de um acordo de leniência da empresa Siemens com o conselho, que permitiu que a empresa denunciasse as ilegalidades. Documentos e cópias de e-mails trocados entre funcionários da Siemens estão sendo analisados pelo Cade e pela Justiça.
Fonte - Agência Brasil  12/12/2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Obra de ponte ferroviária da Bahia é liberada

Ferrovias

Valor Econômico
foto - ilustração
Depois de três anos de paralisação total, a Valec finalmente conseguiu destravar a construção daquela que pretende ser a maior ponte ferroviária do Brasil. Com custo estimado em R$ 135 milhões, as obras da estrutura que vai cruzar as águas do rio São Francisco fazem parte do traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). A malha de ferro está projetada para cortar todo o Estado, ligando a região de Barreiras a Ilhéus. A ponte, que tem extensão de 2,9 km, será erguida no município de Bom Jesus da Lapa.
Licitada em 2010, a construção da ponte da Fiol foi assumida pelo consórcio Lotec, Sanches Tripoloni e Sobrenco. O Tribunal de Contas da União (TCU), no entanto, determinou a paralisação das obras antes mesmo de seu início, por conta de irregularidades encontradas nos projetos de engenharia apresentados pela Valec.
Em agosto, a reportagem do Valor percorreu todo o traçado da Fiol. No local previsto para a construção da ponte sobre o São Francisco, as empreiteiras montaram alojamentos. Por dois anos, as estruturas ficaram sem nenhum tipo de utilização, ocupadas apenas por vigias.
A decisão do TCU de suspender os efeitos da liminar que impedia o início das obras deve-se, basicamente, a novos esclarecimentos prestados pela Valec e o consórcio construtor, além de justificativas sobre a decisão de mudar o projeto de engenharia que será utilizado na travessia. "A utilização de diferentes concepções de elementos de fundação da ponte, além de apresentar a melhor técnica, é favorável ao aspecto da segurança, uma vez que foi reduzida a utilização de tubulões a ar comprimido, diminuindo os riscos de exposição dos trabalhadores", argumentou a estatal.
Segundo o TCU, a nova proposta de construção, além de mais simples, terá impacto de apenas 1,5% sobre o valor original do contrato. Pesou ainda o fato de que, caso exigisse a realização de nova licitação, o prejuízo seria muito maior, por conta do prazo para recontratação da obra e rescisão do contrato com as atuais empreiteiras.
Com a liberação da ponte, a Valec tem aval para dar andamento a mais um dos oito lotes que compõem todo o traçado da ferrovia baiana. De todo o traçado da ferrovia, que soma 1.022 quilômetros, o trecho de 500 quilômetros, entre Ilhéus e Caetité, já não possui nenhum tipo de impedimento, tanto do TCU quanto do Ibama, que durante um bom tempo reteve as licenças das obras, por conta da baixa qualidade dos estudos ambientais. O desafio, agora, é resolver as pendências com as empreiteiras.
O contrato do lote 5 da ferrovia, um trecho de 162 km que cruza a região de Caetité, com obras inicialmente estimadas em R$ 720 milhões, foi devolvido pela construtora Mendes Júnior, que já não se interessa mais em fazer a obra, por conta das mudanças feitas no projeto e os custos que essas alterações acarretaram.
A segunda colocada, a Andrade Gutierrez, informou que não assumiria o projeto. A Valec tenta agora um acordo com o terceiro colocado. Caso contrário, terá que partir para uma nova licitação. A estatal também enfrenta dificuldades para destravar o primeiro lote da ferrovia, traçado de 125 km que chega em Ilhéus, devido a problemas financeiros da empreiteira SPA. Tudo indica que a Valec terá de fazer nova licitação para o trecho.
Apesar de todas as dificuldades, a Fiol já não possui pendências com licenciamento ambiental em seu traçado. No TCU, porém, anda há dois lotes paralisados, os quais somam 320 quilômetros de extensão, entre Serra do Ramalho e Barreiras. Em outubro, a Valec realizou leilão para compra de 147 mil toneladas de trilhos para a ferrovia, material que deve começar a ser entregue no início do ano.
A tendência na Valec é redobrar as atenções sobre a Fiol, dado que o ministro dos Transportes, César Borges, que é da Bahia, acaba de trazer para a presidência da estatal o engenheiro civil baiano José Lúcio Machado, que ocupava a presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
Fonte -  Revista Ferroviária 11/12/2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Justiça Federal envia ao STF inquérito do cartel de trens paulista

Política

Folha de SP

A Justiça Federal encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) inquérito sobre o cartel de trens em São Paulo. As investigações apontam que o governo paulista teve conhecimento e avalizou a formação de um cartel para a licitação da linha 5 do Metrô de São Paulo. Os casos relatados vão de 1998 a 2008 e compreendem as gestões [Mário] Covas, [Geraldo] Alckmin e [José] Serra, todas do PSDB.
Em nota divulgada nesta terça-feira (10), a Justiça Federal afirma que o inquérito policial foi enviado ao Supremo, pois são mencionadas infrações penais cometidas por autoridades que têm foro privilegiado. A nota também afirma que o inquérito corre em segredo de Justiça.
Na denúncia, a Siemens aponta que as empresas Alstom (França), Bombardier (Canadá), Mitsui (Japão) e CAF (Espanha) eram as que operavam em cartel no país.
Polícia Federal em São Paulo já havia pedido na semana passada que a Justiça Federal mandasse a apuração aos tribunais superiores. A procuradora Karen Louise Kahn, do Ministério Público Federal, manifestou-se contra o envio do inquérito da Siemens para tribunais superiores. Para ela, não havia indícios ou provas suficientes contra os políticos com foro privilegiado citados nos depoimentos da investigação.
O pedido havia sido feito pelo delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Junior, que conduz as investigações em São Paulo, após depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.
Ele fez acordo de delação premiada, que prevê a redução de pena para quem ajudar a desvendar o crime.
Rheinheimer citou só indícios de que tucanos teriam recebido propina do consultor Arthur Teixeira, apontado como intermediador de repasses feitos por firmas como Alstom, Siemens e Bombardier.
Em documento que depois disse ter sido manipulado, o ex-diretor dizia que o principal secretário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) teriam recebido propina de Teixeira. Ambos negam.

Leia a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA SOBRE INQUÉRITO NA 6ª VARA CRIMINAL

São Paulo, 10 de dezembro de 2013
A respeito das informações veiculadas na imprensa sobre o inquérito policial em que são investigados, entre outras práticas criminosas, supostos pagamentos de propina a funcionários públicos no âmbito de licitações relacionadas ao Metrô de São Paulo, cumpre esclarecer:

_1 - O inquérito policial corre em segredo de Justiça, tanto pela existência de informações protegidas constitucional e legalmente, como para propiciar maior efetividade às investigações, sendo vedada a divulgação, pelos detentores de dever de sigilo, dos dados nele constantes;_

_2 - O inquérito policial foi remetido ao Supremo Tribunal Federal em razão de ter sido mencionada a eventual prática de infrações penais por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função perante aquela Corte;_

3 - A remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal não implica reconhecimento pelo magistrado responsável pela supervisão do inquérito da existência de indícios concretos de práticas criminosas pelas autoridades referidas, fundamentando-se apenas no entendimento de que compete ao STF supervisionar eventuais medidas investigatórias relacionadas a tais autoridades.
6ª Vara Criminal Federal de São Paulo
Fonte -  São Paulo Trem Jeito  10/12/2013

Cresce no País número de domésticas que estão cursando o ensino superior

Educação

Rivânia Nascimento
TB
foto - ilustração
Aquele velho perfil da doméstica, com baixa escolaridade e renda inferior a um salário mínimo por mês, está perdendo espaço para um novo perfil de profissional com mulheres mais estudadas e conscientes do seu valor profissional. Uma pesquisa divulgada este mês pelo IBGE nacional mostra que o número de trabalhadoras domésticas que estão na faculdade cresceu 10% nos últimos três anos.
A pesquisa apontou que o salário delas também subiu 8% em 12 meses. Entretanto, os percentuais de trabalhadoras que começaram a trabalhar com carteira assinada caíram de 6,5% para 5,9%. Embora o IBGE-BA não tenha nenhuma pesquisa específica contendo o número de trabalhadoras domésticas cursando a faculdade na capital e interior, o órgão confirmou que na Região Metropolitana do Estado houve sim uma redução no número de pessoas ocupadas, comparado com 2012.
Segundo a pesquisa mensal de empregos do IBGE 2012-2013, a estimativa de pessoas trabalhando em outubro deste ano era de 133 mil pessoas enquanto no ano passado eram de 149 mil. Ou seja, em outubro de 2012 esse grupamento era de 8% e este ano, no mesmo período, caiu para 7,02%. Com isso, a taxa de desemprego subiu de 7% para 9,1% este ano, representando uma redução na taxa de desocupação nessa região, considerada pelo IBGE, uma das mais expressivas, de 2,02%.
A pesquisa aponta que o bom momento da economia de 2012 com perspectivas e ampliações dos direitos da categoria dos profissionais domésticos com a aprovação da PEC das Domésticas, como foi apelidada a medida que garante 16 direitos trabalhistas para babás, faxineiros e cozinheiros, além de outros trabalhadores de residências fomentou a procura de trabalhadoras pela atividade. Em contra partida, em 2013 as famílias ficaram mais resistentes na contratação, temendo os altos encargos trabalhistas.
Um novo perfil de profissional
O IBGE aponta também que muitas dessas profissionais têm buscado estudar visando migrar para outras áreas que ofereceram maior estabilidade financeira. O Brasil é o país com mais trabalhadores domésticos no mundo. São 7,2 milhões de brasileiros na categoria, segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com garantias trabalhistas asseguradas, essas mulheres têm alçado voos cada vez maiores.
Um exemplo disso é da babá Silvana do Nascimento, de 40 anos, que, com determinação, orgulho da profissão e o apoio incondicional da patroa, transformou o sonho de cursar a faculdade de psicologia em realidade. Ela conta que há seis anos saiu do município de Irará, interior da Bahia, determinada a se tornar a primeira universitária da família. Com a ajuda da patroa, a engenheira química Aline Camilo Fonseca, conclui o ensino médio e prestou vestibular, mas não foi aprovada. Persistente, fez mais uma vez, sendo aprovada, e agora, cursando terceiro semestre da faculdade de psicologia, já faz novos planos para sua vida no futuro.
“Não vou dizer que não enfrento preconceito. Ele existe sim. Tanto dos colegas de sala como dos professores, mas isso não me desanima em nada, muito pelo contrário. Quando me perguntam em público qual a minha profissão, falo com orgulho: babá. Os meus planos agora é de comprar um carro e depois de concluir a faculdade montar meu consultório e continuar cuidando de crianças, que é o que mais amo fazer”, comemorou.
A engenheira Aline Camilo conta que sempre incentivou os estudos da babá e que até abriu mão da academia que fazia à noite para que ela pudesse ir para a faculdade.
“Como viajo muito, em épocas de prova dela eu deixo minha filha com minha mãe ou com o pai. Somos apenas nós duas e contamos uma com a outra sempre. Eu incentivo seus estudos porque quero uma pessoa instruída trabalhando ao meu lado. Não acho que o fato de termos posições sociais distintas nos torne diferente ou melhor, uma da outra. Quero que ela cresça e que minha filha assista com orgulho à sua formatura”, disse.
Fonte - Tribuna da Bahia  10/12/2013

Lajedinho:especialista aponta fatores agravantes da tragédia

Meio ambiente

Jair Mendonça Jr.
A Tarde
Wikipédia

A tempestade que formou uma imensa tromba d'água e causou destruição e mortesna cidade de Lajedinho teve como agravantes o longo período de estiagem, o tipo de solo e o fato de a cidade estar situada em um vale.
Segundo Raymundo José de Sá Filho, mestre em geologia e especialista em recuperação de áreas degradadas, o terreno da cidade, considerado seco, dificulta a absorvição da água, prolongando o tempo de alagamento.
"Há quase três anos não chove no município. Isso deixa o solo impermeável e potencializa os efeitos destrutivos da tromba d'água", explicou Raymundo.
Ainda de acordo com o geólogo, a localização da cidade situada em um vale, favorece este fenômeno.
"Poderia ser construída uma barragem. Mas, mesmo assim, o volume de água foi muito grande e poderia não funcionar. A única solução seria o deslocamento das construções nas margens do rio Saracura, para uma área mais alta e, assim, deixar a drenagem livre", finalizou.
Previsão
Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a chuva forte e rápida que atingiu o município não é comum nas proximidades do verão, mas pode ocorrer em pontos isolados, principalmente após um longo período de estiagem seguido de elevação na temperatura.
Marinez Cardoso, que é meteorologista do Inmet, disse que somente um radar meteorológico poderia prever a tempestade. "Não temos um radar naquela região. Ele seria capaz de detectar o movimento das gotículas de chuva, além da intensidade da precipitação".
Marinez explicou que é comum uma tempestade como a que aconteceu em Lajedinho ser antecedida por um período longo de estiagem. "A insuficiência de precipitação pluviométrica e a alta temperatura favorecem as tempestades", afirmou.
Fonte - A Tarde 10/12/2013 

Dilma diz que Mandela foi "a maior personalidade do século 20"

Internacional

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Ag. Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff discursou há pouco na cerimônia de homenagem a Nelson Mandela em Joanesburgo, na África do Sul e disse que ele foi a maior personalidade do século 20. Dilma foi um dos líderes mundiais escolhidos para prestar tributo ao líder sul-africano nesta terça-feira (10). Barack Obama e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon também discursaram. Os presidentes cubano Raúl Castro; da Índia, Pranab Mukherjee; da Namíbia, Hifikepunye Pohamba; e o vice-presidente da China, Li Yuanchao, também se pronunciar na cerimônia.
“Nelson Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos maiores processos de emancipação do ser humano da história contemporânea: o fim do apartheid na África do Sul. O combate de Mandela e do povo sul-africano se transformou em um paradigma para todos os povos que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade”, disse a presidenta Dilma.
Para ela, o apartheid foi a forma mais elaborada e cruel da desigualdade social e política que se tem notícia nos tempos modernos. “Esse grande líder teve seus olhos postos no futuro do país, do mundo e de toda África”, disse Dilma.
A presidenta falou do orgulho de ter o sangue africano nas veias e lamentou a morte do líder. “Choramos e celebramos esse homem que faz parte do panteão da humanidade. Viva Mandela para sempre”, concluiu a presidenta.
O discurso de Dilma Rousseff é um dos vários que serão feitos hoje, ao longo da cerimônia de tributo a Mandela, no Estádio Soccer City, que tem capacidade para 80 mil pessoas. Estima-se que o evento seja um dos maiores da história, em relação ao número de chefes de Estado e de governo reunidos. De acordo com o governo sul-africano, foi confirmada a presença de 90 representantes.
Fonte  - Agência Brasil  10/12/2013

Consórcio da Odebrecht vence PPP do VLT de Goiânia

VLT

RF
foto - ilustração
A Odebrecht Transport e empresas operadoras de ônibus de Goiânia (GO) formaram o consórcio vencedor da Parceria Público-Privada (PPP) para construção e operação do VLT de Goiânia. O consórcio Mobilidade Anhanguera que tem a liderança da Odebrecht (90% da participação), venceu o leilão na tarde desta segunda-feira (09/12).
Segundo o governo do estado de Goiás, será feito um investimento de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 805 milhões do próprio Governo do Estado e R$ 500 milhões da empresa privada.
Os VLTs terão dois carros, cada um com 33 metros de comprimento, e transportarão até 600 passageiros por viagem. O sistema será implantado no eixo da Avenida Anhanguera e terá 13,6 quilômetros de extensão, 12 estações e cinco terminais de integração.
A Odebrecht Transport possui outros grandes empreendimentos no setor de transporte sobre trilhos como a SuperVia, no Rio de Janeiro; a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo; além de participações societárias no, ainda em implantação, VLT da Zona Portuária, no Rio de Janeiro, e na Linha 4-Amarela de São Paulo, operada pela ViaQuatro.
Fonte - Revista Ferroviária  10/12/2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gargalos logísticos reduzem lucro de agricultores dos EUA

Logística 

Reuters
foto - ilustração
Enormes safras de milho e soja no Meio-Oeste dos Estados Unidos estão sobrecarregando o sistema de transporte entre as lavouras e os mercados, elevando os custos da exportação e limitando os lucros de produtores e operadores de grãos.
Após anos de seca, as colheitas abundantes seriam vistas como um alívio para o cinturão de grãos dos EUA se não fosse pelos severos gargalos logísticos que se desenvolveram.
O volume cada vez maior de milho e soja está causando severos atrasos na rede interligada de ferrovias, rodovias e rios do país. As reservas de barcas e caminhões estão sobrecarregadas em um sistema já desgastado por conta de uma nova demanda por fornecimento de petróleo via férrea, atrasos nos reparos de eclusas e nos terminais de transporte marítimo internacional.
"Todas os armazéns e cooperativas com quem nós falamos nos dizem a mesma coisa: eles não sabem como vão conseguir realizar todas suas entregas de dezembro", disse Mike Hall, operador de grãos da região central de Illinois. "Há um mundo de grãos para se mover em dezembro. Volumes imensos."
O Rio Mississippi e seus afluentes funcionam como estradas para as barcas de grãos e são o meio mais barato de levar as colheitas do coração do cinturão agrícola, no Meio-Oeste do país, aos terminais de exportação na Costa do Golfo.
Quando surgem gargalos no sistema do Mississippi e nas linhas ferroviárias do cinturão de grãos, os atrasos podem elevar os preços de exportação, tornando os grãos dos EUA menos competitivos. Eles também criam um excesso no interior, o que pode reduzir os lucros dos agricultores do país.
Os produtores devem ter suas receitas líquidas com a safra de grãos reduzidas em 3 por cento em 2013, um ano de grandes volumes, de acordo com um relatório do governo divulgado no final de novembro.
Fonte - Revista Ferroviária  09/12/2013

domingo, 8 de dezembro de 2013

VLT Rio: meta é tirar mais de 60% dos ônibus do Centro

VLT

O Globo
foto - ilustração
Um advogado com escritório na Avenida Rio Branco precisa ir ao Fórum e, em vez de táxi, de ônibus ou a pé, suando sob o terno no calor do Centro, vai de bonde elétrico, numa temperatura de 24 graus. Uma executiva de salto alto faz o mesmo entre a estação das barcas, na Praça Quinze, e o Aeroporto Santos Dumont, sem enfrentar engarrafamento e o risco de perder a ponte aérea: nos horários de pico, a espera pelo transporte chega a somente três minutos. As cenas fazem parte de um futuro próximo com muito menos ônibus e a presença do chamado (VLT), que interligará todo o Centro e a Zona Portuária.
Pelas estimativas da Secretaria municipal de Transportes, a frota de ônibus do Centro será reduzida em mais de 60% até 2016, quando todo o novo sistema de transporte já estará operando.
O secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, diz que esse total pode ser ainda maior: neste caso, dos 3.500 ônibus que circulam pelo Centro, 2.310 deixariam a região, desafogando as vias e abrindo espaço para o VLT. Também há a meta de reduzir em, pelo menos, 15% o total de carros que transita pela área central, percentual que representa cinco mil veículos por hora.
— A última simulação mostrou uma redução de 60%, podendo chegar a 66% — afirma ele, acrescentando que a mudança se deve ao VLT e ao BRT Transbrasil, que comunicará Deodoro ao Centro (substituindo os ônibus de longa distância) e estará integrado aos novos bondes, assim como outros modais. — Teremos integração com os ônibus intermunicipais na Rodoviária Novo Rio, outra na Central e Terminal Américo Fontenelle, com as estações do metrô da Uruguaiana, Carioca e Cinelândia e barcas.
Obras de infraestrutura começarão em janeiro
As obras de infraestrutura para receber os bondes, previstas inicialmente para o segundo semestre deste ano, começam agora em janeiro, segundo o cronograma divulgado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp) e pelo consórcio VLT Carioca. Na Zona Portuária, a Via Binário já conta com o leito por onde passará o trilho do VLT delimitado. O transporte ligará a Rodoviária Novo Rio ao Santos Dumont e contará com 32 bondes, distribuídos em seis linhas, e 42 estações espalhadas em 28 quilômetros de extensão do sistema.
Com tudo pronto, os VLTs poderão transportar 285 mil passageiros/dia, que pagarão tarifa de bilhete único.
A primeira etapa começa a operar no segundo semestre de 2015 e corresponde ao trecho Vila de Mídia (imediações da Novo Rio)-Santo Cristo-Praça Mauá-Cinelândia. A segunda etapa ficará pronta no primeiro semestre de 2016. Para as Olimpíadas, serão concluídos os trechos Central-Barcas, Santo Cristo-América-Central-Candelária, América-Vila de Mídia e Barcas-Santos Dumont.
Cinco trens virão da Espanha
Diante de tantas promessas de VLT para o Rio — desde o início dos anos 90 que projetos do tipo são apresentados, sem nunca andar para frente —, Osorio tenta passar firmeza, dizendo que a população já pode ver o leito dos bondes preparado na nova Via Binário:
— A obra já foi licitada, temos os recursos assegurados e as intervenções começaram com a revitalização da Zona Portuária, onde está pronto o leito do VLT.
As composições já foram encomendadas pelo consórcio à empresa francesa Alstom. As cinco primeiras unidades virão da fábrica, na Espanha. Os outros 27 trens serão fabricados em São Paulo. Simulações já mostram os bondes (com o design que será visto nas ruas do Rio) circulando pela cidade. O transporte, com rede elétrica subterrânea, sem fios expostos na parte de cima, segue o padrão visto nas cidades de Bordeaux, Reins e Orleans, na França — embora lá não seja totalmente sem cantenária (fiação exposta). O sistema carioca se aproximará mais do que está em fase de implantação em Dubai, nos Emirados Árabes.
Fonte - Revista Ferroviária  08/12/2013