segunda-feira, 6 de março de 2017

Observatório aponta trabalho infantil como “vilão” do Carnaval

Trabalho infantil   👀

Os dados confirmam uma tendência, que já era uma preocupação, mas, por outro lado, demonstram que o problema foi enfrentado. O acompanhamento aos Centros de Convivência, com vistorias constantes, e a garantia dos direitos dessas crianças e adolescentes foi, sem dúvida, uma conquista do Plantão Integrado”, destaca o secretário da SJDHDS, Carlos Martins.

Da Redação
foto - ilustração
Após sete dias de trabalho durante o Carnaval, o Observatório de Violação dos Direitos das Crianças e Adolescentes apresenta os dados recolhidos pelo Plantão Integrado, coordenado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). De acordo com os dados, o grande “vilão” do Carnaval de Salvador foi o trabalho infantil.
“Os dados confirmam uma tendência, que já era uma preocupação, mas, por outro lado, demonstram que o problema foi enfrentado. O acompanhamento aos Centros de Convivência, com vistorias constantes, e a garantia dos direitos dessas crianças e adolescentes foi, sem dúvida, uma conquista do Plantão Integrado”, destaca o secretário da SJDHDS, Carlos Martins.
Dos mais de 1,4 mil atendimentos apurados, 778 foram referentes ao trabalho infantil, o que representa mais de 55%. Destes atendimentos, 127 eram de crianças trabalhando diretamente. Enquanto outras 625 acompanhavam familiares, dos quais mais de 64% estavam acompanhados da mãe. O circuito Dodô (Barra-Ondina) foi o que apresentou os maiores índices de trabalho de crianças e adolescentes, com 54%. Crianças entre 0 e 12 anos estiveram em maioria nos atendimentos, com 54% do total.

Demanda espontânea

Apesar dos altos índices de trabalho infantil, os dados também apresentam números positivos, como os de demanda espontânea, quando a família procura os órgãos de proteção de forma voluntária. O índice foi de 28%, segundo maior, com 391 casos. O alto número de demanda espontânea aponta uma consolidação do trabalho do Plantão Integrado e do Observatório de Violação dos Direitos das Crianças e Adolescentes, em seu terceiro ano no Carnaval de Salvador.
“Esse é um dado importante porque mostra a consolidação do Plantão Integrado e dos Centros de Convivência. Muitas crianças passavam os dias nos centros e voltavam à noite para casa com seus pais. Outras passaram todo o período do Carnaval aos cuidados dos centros”, explica a coordenadora de Proteção à Criança e ao Adolescente da SJDHDS, Iara Farias. A violência física, com 108 casos (7,70%), o uso de álcool e outras drogas, com 57 casos (4,10 %), e a violência sexual, com cinco ocorrências (0,40%), foram outros dados apontados pelo Observatório.

Visitas de verificação

Durante o Carnaval, representantes da SJDHDS e dos órgãos parceiros, no Plantão Integrado, também fizeram visitas nos Centros de Convivência, na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) e Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca). A ação verificou possíveis falhas e a eficacia do fluxo.
Além das delegacias especializadas, foram realizadas visitas no Centro de Convivência Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré, no Centro de Convivência do Calabar, no Centro Integrado de Atendimento do Bonocô e no Centro Integrado de Atendimento de Ondina. Nas visitas, a qualidade dos serviços oferecidos foram ressaltadas.
Com informações da Secom Ba. 06/03/2017

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