PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sábado, 26 de março de 2016

Sistema Ferry-Boat Salvador/Itaparica opera com sete (7) embarcações durante o feriadão

Travessia Marítima

O sistema Ferry-Boat esta operando durante o período do feriadão da Semana Santa com sete (7) embarcações com saídas de hora em hora.Viagens extras serão realizadas caos haja aumento da demanda. 

Da Redação
foto - ilustração
O sistema Ferry-Boat esta operando desde o dia 24/03 (quinta feira) a partir das 04:00h, tendo à disposição sete embarcações (Ivete Sangalo, Agenor Gordilho, Dorival Caymmi, Zumbi dos Palmares, Maria Bethânia, Rio Paraguaçu e Pinheiro) realizando as travessias entre os terminais São Joaquim/Bom Despacho. As viagens ocorrem nos horários regulares (de hora em hora), com saídas extras,em caso de aumento de demanda.
Durante o período do feriadão da Semana Santa,desde o dia 24 até o dia 29 de março,a operação será diferenciada para atender o fluxo em razão da demanda esperada.A quantidade de embarcações em trânsito será administrada considerando a realização de manutenção obrigatória e o fluxo a cada momento. Neste período, viagens extras irão ocorrer sempre que a demanda aumentar,e o sistema funcionará por 24 horas de 27 para 28/03 (domingo para segunda), a partir do terminal Bom Despacho. A expectativa é que seja atendido o mesmo volume registrado em igual período do ano passado, quando circularam pelos dois terminais mais de 146 mil passageiros e mais de 26 mil veículos.
Maiores informações através do site https://portalsits.internacionaltravessias.com.br.
Contatos - 71 3032-0475 e cac@internacionaltravessias.com.br.
Com informações da Internacional Marítima Salvador  26/03/2016

Travessias Salvador/Mar Grande e Morro de São Paulo têm embarque tranquilo

Travessia Marítima

O sistema está com 10 embarcações em tráfego, que operam em boas condições de navegação na Baía de Todos os Santos, que tem mar calmo e ventos fracos. Neste sábado, o último horário saindo de Mar Grande será às 18h30. Já a última saída de Salvador está programada para às 20h.

Tribuna da Bahia
foto - ilustração
É tranquilo o movimento de embarque nos terminais da travessia marítima Salvador-Mar Grande na manhã deste sábado (26/3). Depois de dois dias de intenso fluxo de saída de Salvador para a Ilha de Itaparica, os passageiros encontram embarque imediato, sem fila, com partidas a cada meia hora ou de 15 em 15 minutos, conforme o fluxo.
O sistema está com 10 embarcações em tráfego, que operam em boas condições de navegação na Baía de Todos os Santos, que tem mar calmo e ventos fracos. Neste sábado, o último horário saindo de Mar Grande será às 18h30. Já a última saída de Salvador está programada para às 20h.
Morro de São Paulo - A estimativa da Astramab é que todos os horários dos catamarãs saindo de Salvador para o Morro de São Paulo sejam feitos com boa ocupação neste sábado. A passagem custa R$ 85 e a viagem, direta, dura 2h e 20m em média. As saídas do Terminal Náutico são às 8h30, 9h, 10h30, 13h e 14h30.
Já as saídas do Morro ocorrem às 9h, 11h30, 12h30, 13h e 15h. As escunas de turismo que fazem o passeio pelas ilhas da Baía de Todos os Santos saem a partir das 9h e retornam às 17h30. O passeio inclui paradas na Ilha dos Frades e em Itaparica e a tarifa é R$ 50 por pessoa.
Fonte - Tribuna da Bahia  26/03/2016

Ex-presidente da CNBB pede respeito à Constituição para superar crise política

Política

Em entrevista à Agência Brasil na noite dessa sexta-feira (25), durante as cerimônias da Semana Santa em Mariana (MG), o bispo defendeu mais serenidade e menos radicalização. "É um pedido que vale tanto para o governo federal e sua base, quanto para a oposição".

Leo Rodrigues
Correspondente da Agência Brasil

O arcebispo de Mariana e ex-presidente da CNBB,
 dom Geraldo Lyrio, durante cerimônia da Semana Santa
Leo Rodrigues/Agência Brasil
O arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pediu respeito à Constituição e preservação das instituições para superar a atual crise política do país. Em entrevista à Agência Brasil na noite dessa sexta-feira (25), durante as cerimônias da Semana Santa em Mariana (MG), o bispo defendeu mais serenidade e menos radicalização. "É um pedido que vale tanto para o governo federal e sua base, quanto para a oposição".
Dom Geraldo Lyrio foi presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2007 a 2011. Ele explicou que ainda não há uma posição oficial do conjunto do episcopado brasileiro, mas que cada bispo, como cidadão, tem o direito expressar seu pensamento livremente. "A conjuntura nacional será um ponto forte das discussões da próxima assembleia-geral da CNBB, no início de abril, e existe a possibilidade de posições serem assumidas de forma oficial", informou.
Declarando-se sem posição político-partidária, ele alertou que o povo brasileiro é o mais sacrificado no atual momento. Para o arcebispo, há muitas soluções propostas que são voltadas a interesses pessoais e não aos interesses da nação. "Esperamos que o direito prevaleça, que não se ultrapasse aquilo que é da Justiça, que as instituições possam ser preservadas e que a Constituição seja respeitada".

Posições
Em dezembro do ano passado, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), autorizou a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB, divulgou nota questionando os motivos do parlamentar. Segundo o texto, a atitude de Cunha não continha "subsídios que regulem a matéria” e ele demonstrou estar agindo por interesse pessoal.
Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um vídeo do bispo dom Ailton Menegussi, da Diocese de Crateús (CE), em que apresentou aos fiéis sua posição contra o impeachment. "Nós não vamos apoiar simplesmente a troca de governos, de pessoas interesseiras, que estão apenas querendo se apossar porque são carreiristas", disse durante cerimônia religiosa.
Fonte - Agência Brasil  26/03/2016

sexta-feira, 25 de março de 2016

CGU confirma negociações para acordo de leniência com Grupo Odebrecht

Política

No caso da Odebrecht, após divulgação realizada pela empresa, a CGU confirma que está em fase de negociação do acordo de leniência". A nota divulgada ontem (24) ressalta porém que, em razão do sigilo imposto pelo artigo que trata do tema (Lei n° 12.846/2013), "a Controladoria encontra-se impedida de comentar sobre detalhes da operação que ainda está em curso

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração
A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou que está em negociações com a construtora Odebrecht para assinatura de um acordo de leniência. Em uma nota de poucas linhas, a CGU lembra que não costuma divulgar a relação das empresas com as quais negocia este tipo de acordo. No entanto, como a Odebrecht tornou a informação pública, a controladoria se limitou a confirmar a negociação.
"No caso da Odebrecht, após divulgação realizada pela empresa, a CGU confirma que está em fase de negociação do acordo de leniência". A nota divulgada ontem (24) ressalta porém que, em razão do sigilo imposto pelo artigo que trata do tema (Lei n° 12.846/2013), "a Controladoria encontra-se impedida de comentar sobre detalhes da operação que ainda está em curso”.
Na última terça-feira (22), a Odebrecht informou que todos os executivos da empreiteira concordaram em fechar com a Controladoria a delação premiada – quando pessoas investigadas concordam em colaborar com as investigações informando o que sabem e, em contrapartida, obtêm benefício da redução da pena.
“As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato. A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União”, diz a nota.
Diferentemente da delação premiada, que é uma ação individual, o acordo de leniência é firmado entre uma empresa que decide colaborar com as investigações e a Justiça. Para o acrodo, é necessário que a empresa confesse participação nos atos ilícitos, pague pelos prejuízos causados e dê informações que ajudem nas investigações.
A decisão da construtora de fechar acordo de leniência com a CGU aconteceu logo após a deflagração da 26ª fase da Operação Lava Jato, quando os investigadores descobriram a existência dentro da empresa um “braço”, que atuava de forma profissional e articulada com o único objetivo de distribuir propinas a partidos e políticos. Na ocasião foi descoberta uma planilha com anotações de doações feitas ao longo dos últimos anos há cerca de 200 políticos de 24 partidos.
Fonte - Agência Brasil  24/03/2016

Na Contramão do bom senso

Trânsito

“Irresponsabilidade. Para ganhar votos, candidatos à prefeitura de SP, prometem, se eleitos, voltar a aumentar o limite de velocidade na cidade.”

ANTP

Em sua página no Facebook o jornalista Gilberto Dimenstein se indignou ao juntar dois fatos próximos e, a seu ver, contraditórios: de um lado notícias de candidatos à Prefeitura de SP (1) (2) prometendo retroagir decisão do atual prefeito da capital que reduziu a velocidade nas marginais; de outra, matéria em jornais apontando queda vertiginosa no número de mortes no trânsito de São Paulo (maior queda desde 1998).
Ao juntar os dois fatos Dimenstein conclui: “hoje pode-se deduzir que, se a promessa for cumprida, o novo prefeito corre o risco de ser acusado de homicídio culposo - ou seja, sem intenção de matar. Mas homicídio”.
Como seria de se esperar, choveram comentários negativos à opinião do jornalista, a maioria, como acontece com frequência, de pessoas que se julgam autoridades em trânsito e segurança viária. Alguns afirmaram que a redução dos acidentes tem mais a ver com a crise econômica do que com a redução da velocidade, buscando uma explicação acaciana para um fenômeno complexo – menos carros nas ruas, menos acidentes como consequência... Outros garantiram que a finalidade da redução da velocidade foi única e exclusivamente gestada e parida para favorecer a famigerada “indústria da multa”.
Os demais comentários negativos seguem o mesmo diapasão: muita revolta, quase nenhuma consistência. Fica nítida a cultura do rodoviarismo, impregnada em corações e mentes. São argumentos simplistas que defendem, por exemplo, maiores investimentos no viário para dar vazão ao crescimento contínuo da frota de automóveis. O mau uso que se faz do viário, privilegiando seu uso a uma minoria, parece estar fora do horizonte de preocupação dessas pessoas.
O que poucos sabem, ou se recusam saber, é que ampliar a capacidade das vias como forma de permitir maior fluidez para o trânsito de carros produz efeito inverso, ao contrário do que o senso comum imagina. Um exemplo emblemático está na memória recente do paulistano: o congestionamento na Marginal do Tietê, que dobrou desde que a via foi ampliada em 2010.
Não à toa cidades como Paris, Londres e Nova York seguem na contramão desta postura retrógrada. Ao invés de ampliar, agem para reduzir o espaço destinado aos carros, a uma média de 30 km de ruas a cada ano. O que, em outras palavras, significa garantir uso mais igualitário de um espaço que é coletivo (e hoje escasso).
Evidente que o uso do viário urbano integra uma problemática complexa: a forma como a cidade (não) funciona. Reduzir a quantidade de carros nas ruas tem a ver, sobretudo, com a maneira como as pessoas se locomovem, e de que forma elas podem fazer isso de maneira sustentável, confortável e barata. Investir em transporte coletivo, e ao mesmo tempo evitar o espalhamento das cidades, é a principal questão a ser resolvida pelos gestores públicos realmente preocupados em produzir uma cidade vibrante e economicamente viável. Uma cidade que atraia não apenas negócios e oportunidades como, concomitantemente, ofereça condições dignas de vida a seus cidadãos.
Uma questão hoje já é consenso entre quem lida e vive em grandes cidades do planeta: o modelo que prioriza o automóvel como principal modo de locomoção tornou-se insustentável. Organizar a cidade em função dos carros ao invés das pessoas, como vimos fazendo nos últimos 50 anos, mostrou-se o grande equívoco das gestões públicas, escancaradamente visível numa situação de crescimento exponencial da urbanização. Acreditar ainda que a fluidez do trânsito deve pairar soberana sobre todo o resto – o que inclui a preservação de milhares de vidas – é, no mínimo, atentar contra a vida das cidades e de quem nelas habita. Menos espaço e menor velocidade para os automóveis, eis o nome da canção.
Com informações da ANTT  25/03/2016

Estrada aberta em Paraty pode ser embargada

Meio Ambiente

A obra pode ser embargada por ainda não ter atendido às exigências dos órgão de controle do meio ambiente.A obra foi permitida com uma série exigências. Entre elas,a cobrança de pedágio, restrição ao tráfego de veículos pesados e controle de velocidade de 40 quilômetros por hora.O governo do estado não cumpriu com praticamente nenhuma das suas obrigações”, disse Livino, chefe do parque há oito anos.

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Parque Nacional da Bocaina/Divulgação 
Depois de décadas de polêmica, a inauguração da estrada que corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina, prevista para o fim do mês, pode ser suspensa. Traçada para encurtar o caminho entre o interior paulista e a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, o trecho, de dez quilômetros, não atende às exigências ambientais.
Executada pelo Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER/RJ), a Paraty-Cunha é uma reivindicação de quem transita entre a Costa Verde e o Vale do Paraíba. O trecho, pavimentado com blocos de concreto, para causar menos impacto ambiental, encurta em três horas, cerca de 270 km, a distância entre os estados. A estrada foi pensada para estimular o turismo na cidade histórica de Paraty e em seu entorno, repleto de cachoeiras e praias.
Quando a obra foi autorizada, o chefe de Parque Nacional Serra da Bocaina, Francisco Livino, disse que a ideia era controlar a erosão e o tráfego clandestino na centenária estrada de chão, parte do antigo Caminho do Ouro.
A obra foi permitida com uma série exigências. Entre elas, constava a cobrança de pedágio, restrição ao tráfego de veículos pesados e controle de velocidade de 40 quilômetros por hora; guaritas nas duas pontas, além de uma sede administrativa para a fiscalização. As contrapartidas, chamadas de condicionantes, constavam das licenças ambientais.
“A obra está pronta e praticamente todas as condicionantes ambientais de controle de tráfego estão descumpridas. O governo do estado não cumpriu com praticamente nenhuma das suas obrigações”, disse Livino, chefe do parque há oito anos.
Mirante Paraty-Cunha Alessandra Fontana / Divulgação
Ele alerta que a pavimentação da Paraty-Cunha aumentou o fluxo no coração do parque, que concentra 57% das espécies endêmicas da Mata Atlântica, inclusive animais em extinção como a onça-parda e o macaco bugio. Alguns animais foram atropelados e mortos no período que a rodovia estadual deveria estar fechada, depois do anoitecer.
O Ministério Público Federal tentou embargar a obra duas vezes, por falta de fiscalização na estrada. Os procuradores monitoram o descumprimento das contrapartidas e solicitaram explicações ao departamento de estradas e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. “Se insistirem na inauguração sem o cumprimento de tudo, pediremos a paralisação (novamente)”, antecipou a procuradora que acompanha o caso, Monique Cheker.
O Ibama avalia a aplicação de multas. Desde 2015, o instituto vem dando prazos para o cumprimento das medidas que vão proteger a fauna e flora da Bocaina.
A onça parda puma concolor é uma das espécies
 ameaçadas de extinção
Cenap - Icmbio / Divulgação
Com as obras em curso, os construtores informam que não deixarão de cumprir com as obrigações previstas nas licenças. Mas a ideia é apresentar novas propostas. “Com o desenvolver do serviço, estudamos maneiras mais eficientes e mais práticas do que o fechamento da pista (à noite)”, por exemplo, disse o diretor de Obras e Conservação do DER, José Beraldo.
Ele defende que, em vez das cancelas nas guaritas, seja feito monitoramento eletrônico 24 horas e on line, “o que nos permitiria multar veículos que desrespeitarem a sinalização”, explicou. As outras estruturas, segundo ele, serão erguidas depois de finalizada a pavimentação.
Na proposta original, cada veículo receberia um GPS na entrada da Paraty-Cunha, onde pagaria um pedágio, revertido para a manutenção das novas estruturas. O equipamento, que seria devolvido na saída, faria controle da velocidade e impediria a entrada ilegal de caçadores ou a permanência de pessoas não-autorizadas na unidade de conservação.

Morte de animais
Na avaliação do chefe do parque, sem controle do trânsito há risco para a biodiversidade. Ele teme que aumente a entrada de pessoas que retiraram ilegalmente espécies de plantas, como palmito, orquídeas e bromélias. Livino alerta também para a ação de caçadores. Outro problema é o aumento do número de animais atropelados, pois os bichos da Mata Atlântica têm hábitos noturnos e cruzam a pista.
Callithrix aurita é outra espécie ameaçada que habita
 na Serra da Bocaina Mara da Motta / divulgação
“O Parque da Bocaina é maior que todas as unidades federais de conservação no Rio, São Paulo e Minas Gerais. Consequentemente, a biodiversidade –que vai desde o mar, até uma área com 2 mil metros de altitude– traz uma riqueza de espécies que circulam por essa área e que circulam pela estrada, diz Livino”.
Para evitar que animais morressem atropelados, foram construídas zoopassagens, corredores em baixo da pista e instalações aéreas, no alto dos postes. O diretor do DER José Beraldo disse que não é possível comparar o número de atropelamentos de hoje, com o de antes da pavimentação, quando não havia levantamentos, para saber se é relevante.
A equipe do professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Josué Setta, que faz o monitoramento das mortes, não tem autorização para dar entrevistas e não informou o número de animais atingidos desde o início das obras.
O Parque de Bocaina tem uma das mais diversas faunas dos biomas nacionais. Foram identificadas lá 82 espécies de mamíferos, sendo 39 ameaçadas de extinção, além de 288 espécies de aves, sendo duas em extinção e uma das maiores densidades de rãs, sapos e pererecas florestais.
Fonte - Agência Brasil  24/03/2016

Movimentos sociais fazem manifestação pela democracia em várias cidades do país

Política

Rio de Janeiro - Público participa do Festival pela Democracia, do grupo Frente Povo sem Medo, na Cinelândia, com artistas contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff e defensores de uma saída à esquerda para a crise.Outras cidades como São Paulo, Fortaleza, Uberlândia e Brasília também ocorreram atos com o mesmo objetivo. Pela manhã, a Frente Povo sem Medo fez uma manifestação no shopping Rio Sul, em Botafogo.

Akemi Nitahara,
Marcelo Brandão e Daniel Mello
Repórteres da Agência Brasil

Fernando Frazão/Agência Brasil

A Frente Nacional de Mobilização Povo sem Medo e o coletivo Ocupa Carnaval promovem desde o fim da tarde de hoje (24) o evento cultural Festival pela Democracia, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Entre os artistas, grupos e blocos de carnaval anunciados estão BNegão, Otto, Gregorio Duvivier, Tico Santa Cruz, Grupo Maracutaia, Unidos do Baque Virado, Sarau do Escritório, Nada Deve Parecer Impossível de Mudar, Forró de Rabeca, Comuna que Pariu, Primavera das Mulheres, Centro de Teatro do Oprimido, Poesia Viral, Manifesto dos Escritores, Mario Lago Filho e DJ Fukô, entre outros. As duas entidades deixaram claro que não apoiam o governo federal.
O clima é de festa e reúne centenas de pessoas em frente à Câmara de Vereadores. O ato deve ir até a meia-noite no palco principal cedido pela organização da Paixão de Cristo, evento religioso que ocorrerá no local na segunda-feira (28). Uma das frases gritadas pelos organizadores é: "Golpe nunca mais. Eu tô nas ruas por direitos sociais". A frente usa as hashtags #saídapelaesquerda, #contraoimpeachment e #pelademocracia e distribuiu um manifesto, em que propõe uma “saída pela esquerda”. Segundo seus integrantes, a solução proposta pela direita representaria um “aprofundamento dos ataques a direitos sociais e trabalhistas”.
“Por isso não temos disposição de ir às ruas em defesa deste governo. Mas também não ficaremos calados e acovardados ante as ameaças ao que temos de democracia no Brasil. O ataque não é somente contra o PT. É contra o que quer que seja de esquerda neste país. Querem aniquilar o movimento social. Querem impor um ambiente de intolerância e linchamento, onde não há espaço para o pensamento e a ação críticos”, diz o manifesto.

Fernando Frazão/Agência Brasil
Com faixas e cartazes, os participantes do festival que ocupavamna a Cinelândia defendiam a democracia

Integrante do Ocupa Carnaval, Manu da Cuíca disse que o ato artístico é uma forma de diálogo com a política. "Os problemas que se apresentam hoje não são de agora. São problemas que têm tudo a ver com o sistema capitalista que a gente tem que enfrentar, tem que superar”, disse. Para a ativista, o festival é uma forma de colocar isso adiante, dentro dessa conjuntura. “Nós somos absolutamente contra o impeachment, e afirmamos que a saída é pela esquerda, com todas as pautas que colocamos aqui: contra o ajuste fiscal, conta a presença do exército na favela, pela legalização do aborto. Enfim, uma série de pautas acumuladas pela esquerda em toda a sua história e que precisam urgentemente ser colocadas em prática".
A professora municipal Raquel Nascimento, integrando dos coletivos Magdalena Nastácia e Cor do Brasil, ambos de Teatro do Oprimido, participou de uma performance do gênero no meio do público. Em cena, atores, a maioria negros, questionam os caminhos que um possível golpe levaria o país.
"O teatro do oprimido pensa a arte como forma de militância, a gente está aqui hoje não só para manifestar, mas para fazer pensar os rumos dessa sociedade. A gente sabe que hoje a gente já vive estado de exceção, principalmente nas favelas. A gente que é preto sabe, eu já fui detida pela polícia. A gente pode, a qualquer momento, ser visto como suspeito. Mas a gente sabe que, com esse iminente golpe, tudo pode ser muito pior. Então a gente tira o questionamento para pensar junto, mas a gente sabe que nó seremos um dos setores mais afetados".

Fernando Frazão/Agência Brasil
A Cinelândia, no centro do Rio, foi tomada pelos participantes do Festival pela Democracia, do grupo Frente Povo sem Medo

O cientista social Yuri Rafael Freire da Silva afirma que há um golpe em marcha e, por isso, é preciso ir às ruas e "dar a cara a tapa". "Eu, como uma pessoa de esquerda, que defende um processo democrático, que defende o resultado de uma eleição presidencial, que foi feita de forma amplamente democrática, não posso cruzar os braços e assistir a um impeachment, que seria nada mais do que um golpe branco, um golpe dado dentro da esfera institucional", afirmou.
Outras cidades como São Paulo, Fortaleza, Uberlândia e Brasília também ocorreram atos com o mesmo objetivo. Pela manhã, a Frente Povo sem Medo fez uma manifestação no shopping Rio Sul, em Botafogo.

Manifestação em Brasília
Em Brasília, cerca de 70 manifestantes, segundo a Polícia Militar, protestaram contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff caminhando por uma das principais vias do centro da capita federal. O grupo, formado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo, participou do ato, chamado de Em Defesa da Democracia e de uma Saída pela Esquerda.

Valter Campanato/Agência Brasil
Manifestantes tentam entrar em shopping na região central de Brasília

Às 17h os manifestantes começaram a se concentrar em frente ao shopping Pátio Brasil, localizado a cerca de 3 quilômetros do Congresso Nacional. Perto das 19h, o grupo caminhou pela W3 Sul, em direção à W3 Norte, ocupando duas faixas da pista. Nesse momento, o trânsito ficou congestionado para os motoristas que seguiam no sentido Asa Norte.
A marcha seguiu escoltada pela Polícia Militar. Os manifestantes erguiam bandeiras e faixas, além de gritar palavras de ordem. Uma delas era “nossa luta é todo dia, não vai ter golpe vai ter democracia”. A marcha foi curta e os participantes tentaram entrar em outro shopping.
A segurança, no entanto, impediu a entrada do grupo. Alguns dos manifestantes se queixaram de terem sido barrados. Em seguida, foram em direção ao prédio da Rede Globo em Brasília, ao lado do shopping.
Os protestos contra o que chamam de “golpe”, além de ofensas à emissora, continuaram. A entrada da Rede Globo foi protegida por um efetivo de cerca de 30 policiais. Por volta das 20h, o grupo se dispersou, embarcou em três ônibus e deixou o local.

Manifestação em São Paulo
Em São Paulo, manifestantes saíram em passeata na noite de hoje (24) contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O ato, que teve concentração no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista, foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais. Com carros de som, bandeiras e camisas vermelhas, os militantes fecharam completamente um dos sentidos da Avenida Brigadeiro Faria Lima e Luís Carlos Berrini. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ao discursar no início do protesto falou sobre a atual situação política do país.
“O que nós estamos vivendo hoje no país autenticamente uma tentativa de golpe, como ocorreu no Paraguai, em 2012, e em Honduras, em 2009. Um golpe que busca não só atacar liberdades democráticas, mas também os direitos sociais”, disse ao comparar o processo vivido por Dilma ao enfrentado pelo paraguaio Fernando Lugo e o hondurenho Manuel Zelaya, ambos destituídos da Presidência.
Boulos enfatizou, no entanto, que a manifestação não era uma defesa do governo, mas, sim, contra o golpe e em favor da manutenção dos direitos sociais. “Nós não estamos aqui para defende governo nenhum”, ressaltou. “Não estamos aqui para defender ajuste fiscal, que o povo pague a conta da crise e reformas que vão atuar contra os direitos dos trabalhadores”, acrescentou.
A diarista Jeane Campos (35 anos) levou o filho Iudi, de seis anos, porque acredita que o governo Dilma trouxe melhorias ao país. “Ela ajudou muito nos negócios do trabalho, da escola para as crianças, na saúde”, disse. Ela teme que a situação piore com a saída da presidenta. “Acho que a gente perde muita coisa”, disse a militante do MTST, que veio de Embu das Artes, na Grande São Paulo, para participar do ato.
O medo de retrocessos também foi o que motivou a estudante Iolanda Frutoso (19 anos) a ir ao protesto. “A direita que está tentando tomar o poder sempre nos explorou, pisou em nós. Eu acredito que nós temos que lutar pelos nossos direitos sociais, pelas nossas conquistas”, disse, citando como exemplo os programas de financiamento para o ensino superior.

Daniel Mello/Agência Brasil
Em São Paulo, manifestantes saíram em passeata na noite de hoje (24) contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff

Nesse contexto de disputa política, Iolanda acha que os meios de comunicação têm tentado influenciar a opinião pública em favor da destituição de Dilma. “A mídia dá um foco maio nessa questão de tirar o PT, para as pessoas acreditarem no impeachment”, destacou.

Impeachment
O presidente do PT, Rui Falcão, disse acreditar que o processo de impeachment contra a presidenta não será aprovado pelo Congresso. “Eu estou confiante de que não haverá impeachment. Não há base legal para o impeachment. A tese das pedaladas [fiscais] já foi praticamente derrotada”, disse em entrevista.
Falcão também defendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. A indicação foi suspensa por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O mérito da questão ainda precisa ser analisado pelo plenário da Corte. “Não há nenhuma razão para obstruir uma medida que é de cunho exclusivamente administrativo, que é prerrogativa da presidenta. O Lula é ficha limpa, não há nenhuma razão para ele não ser ministro”.
Fonte - Agência Brasil  24/03/2016

quinta-feira, 24 de março de 2016

Governador da Bahia Rui Costa entrega novo viaduto que desafoga trânsito na região de Pirajá

Mobilidade

As obras do Governo do Estado fazem parte da implantação da Linha Azul - corredor transversal que vai ligar a Orla ao Subúrbio Ferroviário – e desafogam o trânsito na região de Pirajá, que passou a ter um fluxo maior de veículos com a inauguração do terminal integrado do metrô.

Da Redação
foto - Manu Dias/GOV.Ba.
Os motoristas que trafegam no entorno da Estação Pirajá e da Estrada de Campinas, em Salvador, já podem utilizar o novo viaduto sobre a BR-324, inaugurado pelo governador Rui Costa na manhã desta quinta-feira (24). Duas alças de acesso também já estão liberadas.
As obras do Governo do Estado fazem parte da implantação da Linha Azul - corredor transversal que vai ligar a Orla ao Subúrbio Ferroviário – e desafogam o trânsito na região de Pirajá, que passou a ter um fluxo maior de veículos com a inauguração do terminal integrado do metrô.
"É uma etapa da Linha Azul, que inclui a duplicação da Avenida Gal Costa. Daqui, a obra segue para o Lobato, onde já estamos executando um túnel de 360 metros, com 140 metros já executados. Então, todo o Subúrbio será interligado, saindo do Lobato até a estação do metrô de Pirajá. Será um acesso fácil e rápido para a população. Em menos de 5 minutos, as pessoas saem do Subúrbio e chegam à Estação de Pirajá”, explicou Rui.
Na inauguração, o governador ainda anunciou a construção de um terminal de ônibus na Avenida Gal Costa. “Junto da Avenida Gal Costa, construiremos um novo terminal de ônibus, que vai ser integrado à estação de metrô de Pituaçu. Portanto, Pituaçu, a exemplo de Pirajá, se tornará um complexo de transporte. Será uma importante integração de ônibus, metrô e também de BRT".

foto - Manu Dias/GOV.Ba.
Mobilidade Salvador
A construção do viaduto e do Sistema Viário Campinas de Pirajá integra o conjunto de ações do programa estadual Mobilidade Salvador. Nesta etapa, foram investidos R$ 7,84 milhões. O elevado de três faixas e 59 metros de extensão fica ao lado do antigo viaduto, que continua sendo utilizado pelos condutores, inclusive por ônibus que chegam ao Terminal de Pirajá, ao lado da estação do metrô. As intervenções incluíram serviços de drenagem e terraplanagem, além de obras de paisagismo.
A entrega do viaduto marca o início de uma nova fase na região que, até então, era conhecida pelos constantes congestionamentos. Mesmo sobre duas rodas, o motoboy Julio Miranda afirma que evitava trafegar pelo local em qualquer hora do dia. “É uma obra necessária. Esta região tem um tráfego muito intenso. Essa via vai fluir o trânsito aqui”. A estimativa é que, nos horários de pico, mil veículos por hora trafeguem pelo novo sistema viário.

Valorização
Os pedestres também foram beneficiados com mais uma opção de cruzar a BR-324 com segurança. Usuário do sistema metroviário, Jackson Santos pegou uma carona até a rodovia federal e caminhou pela calçada construída na alça, que segue por toda a extensão do viaduto, até chegar à Estação Pirajá, onde pegou o metrô até a Lapa.
Para Jackson, a capital vive um dos principais momentos no que se refere à mobilidade urbana. “Ter o acesso para pedestres também é super importante. Bem viável o dinheiro que foi investido para desafogar o trânsito dessa área”. As intervenções ainda valorizam os imóveis e estimulam o comércio local. Há quatro anos, Neemias Ramos é dono de uma loja de moto peças em frente ao sistema viário e está otimista. “Além de melhorar o trânsito, a vista ficou melhor para todos nós, aqui”, afirmou.
Com informações da Secom Ba.  24/03/2016

Alerj votara na próxima semana um empréstimo de quase 1 bilhão para obras da linha 4 do metrô do Rio

Transportes sobre trilhos

Empréstimo de quase R$ 1 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para conclusão das obras da linha 4 do metrô do Rio,será votado na Alerj na próxima terça-feira.O líder da base do governo, Edson Albertassi (PMDB), tem a missão de garantir os votos dos aliados. 

Jornal Extra
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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) discutirá na próxima terça-feira se aprova ou não o empréstimo de R$ 989 milhões, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a conclusão da Linha 4 do metrô. Para complicar a situação, o governo avisou que, do valor total, R$ 489 milhões são fundamentais para a conclusão do trecho olímpico.
Na Alerj, o líder da base do governo, Edson Albertassi (PMDB), tem a missão de garantir os votos dos aliados. Ao que tudo indica, apesar do acumulo de empréstimos feitos para a obra — com mais esse, já seriam R$ 7 bilhões emprestados ao estado para concluir a obra —, o projeto tem boas chances de ser aprovado.
— Vamos analisar o projeto com mais calma até o fim de semana. Mas acho que não teremos problemas em aprová-lo — disse um membro da base do governo.
O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), esteve em compromissos oficiais durante o dia, e não falou sobre o projeto. Em janeiro, a Alerj aprovou empréstimo de R$ 1 bilhão que seria usado para financiar o Rioprevidência. O adiantamento, porém, foi vetado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Fonte - ABIFER 24/03/2016

Dilma dá entrevista a jornais de seis países

Política

A Presidenta Dilma Rousseff concedeu nessa quinta feira (24) entrevista a correspondentes estrangeiros de veículos de seis países. Por quase duas horas, Dilma falou sobre crise, impeachment e economia.

Da Ag.Brasil
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No momento em que repercute na imprensa internacional a crise política no Brasil,a Presidenta Dilma Rousseff concedeu nessa quinta feira (24) entrevista a correspondentes estrangeiros de veículos de seis países. Por quase duas horas, Dilma falou sobre crise, impeachment e economia.
A presidenta conversou com jornalistas do The New York Times (Estados Unidos), El País (Espanha), The Gardian (Inglaterra), Pagina 12 (Argentina), Le Monde (França) e Die Zeit (Alemanha).
Em dezembro do ano passado,a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma na Câmara foi noticiado por jornais de várias partes do mundo,entre eles o Wall Street Journal, dos Estados Unidos, a revista inglesa Time e o El País.Também foram noticiadas fora do país,as manifestações contra o governo Dilma ocorridas neste mês de março.
A presidenta Dilma não tem compromissos na agenda hoje à tarde e deve passar o feriado da Semana Santa em Porto Alegre.
Com informações da Agência Brasil  24/03/2016

Governador do Piaui anuncia PPP para o novo metrô de Teresina

Transportes sobre trilhos

Após se reunir, na tarde e noite de quarta-feira, 23 de março, como o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para troca de experiência dos projetos executados pelos governos piauiense e baiano, Wellington Dias anunciou que a nova linha do Metrô de Teresina, que vai do Terminal do Renascença, na zona Sudeste, até o conjunto Morada Nova, na zona Sul, será construída em uma Parceria Público-Privada.

Jornal Meio Norte
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O governador Wellington Dias, anunciou em Salvador (BA), a assinatura de contrato de R$ 228 milhões com a Caixa Econômica Federal (CEF) e outro contrato com o Governo Federal (CEF), no valor de R$ 210 milhões, somando R$ 438 milhões, para modernizar o Metrô de Teresina.
Após se reunir, na tarde e noite de quarta-feira, 23 de março, como o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para troca de experiência dos projetos executados pelos governos piauiense e baiano, Wellington Dias anunciou que a nova linha do Metrô de Teresina, que vai do Terminal do Renascença, na zona Sudeste, até o conjunto Morada Nova, na zona Sul, será construída em uma Parceria Público-Privada. Experiências em saúde, mobilidade urbana e educação foram as pautas discutidas e apresentadas durante reunião entre os governadores Wellington Dias e Rui Costa com as respectivas equipes, realizada em Salvador.
Durante o encontro, a Caixa Econômica Federal se dispôs a acompanhar e ajudar na formatação do projeto de mobilidade do ponto de vista da área pública. Dias afirmou que a experiência é importante por somar investimentos privados e públicos. “Saímos daqui com a certeza do apoio do Governo da Bahia, Caixa Econômica e Ministério das Cidades que nos ajudarão na elaboração e execução do projeto”, disse o governador, declarando que há contrato com a CEF no valor estimado de R$ 228 milhões e mais um contrato de R$ 210 milhões do Orçamento Geral da União com a finalidade de modernizar o metrô de Teresina.
O gestor ainda indicou para a importância da parceria. “Com a Parceria Público Privada é possível até se construir uma nova linha para o metrô”, disse o governador.
Segundo o governador Wellington Dias, o encontro traz resultados positivos ao Piauí. “Por parte do Governo da Bahia foram apresentados três projetos que o Piauí tem interesse em conhecer melhor para implantá-los posteriormente”, disse. O primeiro é a implantação de um modelo de Parceria Público Privada para investimento no metrô. Neste encontro, estiveram presentes o superintendente nacional da Caixa para atendimento aos governos no Nordeste, Cláudio Freitas; o governador Rui Costa e o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster.
A educação também esteve na pauta e o Piauí, segundo o governador, há planos de trazer ao estado a experiência Pacto para Educação, cujo objetivo é melhorar todo o sistema educacional, envolvendo professores, família e o mais importante, integrando 36 mil alunos eleitos líderes de salas. A terceira experiência é na área de saúde e vem trazendo resultados positivos para a Bahia.
Fonte - Revista Ferroviária  23/03/2016

Tarifas de ônibus urbanos e semiurbanos terão aumento de R$ 0,30 em São Luís (Ma)

Transportes

Tarifa de ônibus aumenta em R$ 0,30 em toda Região Metropolitana de São Luís a partir de sexta-feira.Segundo a SMTT, o reajuste partiu dos empresários que estiveram pressionando a Prefeitura Municipal para autorizar o reajuste. Os empresários dizem estar acumulando prejuízos mensais e não terem condições de pagar os salários dos funcionários

Rodrigo Santos - O Imparcial

Em reunião na tarde desta quarta-feira, na Associação Comercial de São Luís, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET), Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB) decidiram pelo reajuste no preço das tarifas do transporte coletivo em São Luís em 11,8%.
Segundo a SMTT, o reajuste partiu dos empresários que estiveram pressionando a Prefeitura Municipal para autorizar o reajuste. Os empresários dizem estar acumulando prejuízos mensais e não terem condições de pagar os salários dos funcionários. O mês de abril, de acordo com o Sindicato, não poderia ser pago sem o reajuste das passagens.
De acordo com Canindé Barros, secretário da SMTT, desde a última paralisação dos rodoviários vem negociando com o Sindicato.
“Nós estávamos negociando com o sindicato, entramos na justiça para circular pelo menos os 70% da frota, conseguimos normalizar e agora repassamos a inflação que equivale a 11,8%, para não atrasar os salários e nem combustível que já aumentou 4 vezes”, contou o secretário.
A porcentagem de reajuste, segundo os empresários, tem como objetivo suprir a defasagem do valor das passagens em São Luís com relação aos valores praticados em outras capitais do país.


Frota renovada
Ainda de acordo com Canindé Barros, quanto à qualidade no transporte público, a prefeitura tem o objetivo de renovar toda a frota.
“De 980 ônibus novos, 380 já circulam pela cidade, ou seja, já houve um aumento na média de 5.6. Existem empresas que têm ônibus acima de 10 anos de uso. Todas terão que renovar a frota!” enfatizou Canindé.

Licitação
O secretário Canindé Barros ainda anunciou que a licitação para o transporte público terá edital aberto na próxima semana.
“Nós estamos em busca de transporte de qualidade. Na próxima semana, no máximo, já será aberto o edital para empresas especializadas em transporte de passageiros interessadas em participar da licitação das novas linhas de ônibus”, disse o secretário.
De acordo com a assessoria da MOB, o reajuste é uma readequação tarifaria com base em planilhas que legisla a passagem urbana.
Os reajustes foram nas linhas de São Luís, administradas pela SMTT e da Região Metropolitana de São Luís, administradas pela MOB.
Os valores das tarifas não aumentam desde março de 2015, quando houve reajuste de 16% nas tarifas. Após três dias de protestos, a prefeitura anunciou redução de R$ 0,20 no valor do reajuste das tarifas.

Os aumentos nas tarifas entram em vigor a partir de sexta-feira.
Confira tabela:
Linhas Urbanas - R$ 1,90 vai para R$ 2,20 - R$ 2,20 vai para R$ 2,50 - R$ 2,60 vai para R$ 2,90

Linhas Semi-Urbanas - R$ 2,60 vai para R$ 2,90 - R$ 2,80 vai para R$ 3,10 (com ar-condicionado)

Progressão da passagem
Um levantamento que O Imparcial teve acesso demonstra que São Luís possui uma das tarifas mais baixas do Brasil com base nos preços das passagens nos últimos 16 anos. Separamos algumas cidades para comparar, levando em conta a regionalidade (são 15 capitais do Norte e Nordeste do país).
Em 2001, a passagem de São Luís era a quinta mais barata, custando em média R$ 0,998. Somente quatro capitais praticavam preços menores: Belém (R$ 0,85), Natal (R$ 0,95), João Pessoa (R$ 0,85) e Recife (R$ 0,90).
Em 2002, houve uma inversão. São Luís passou a ter uma das mais caras passagens. A média era o segundo maior valor, ficando atrás apenas de Fortaleza.
Em 2003, nova reviravolta, com a passagem local custando, em média, R$ 1,314 (a 7º mais barata). Em 2006 (dez anos atrás), a passagem ludovicense era a 3º mais barata, custando, em média R$ 1,576 (atrás apenas de Belém e Teresina).
Na gestão João Castelo e na gestão Edivaldo Holanda Júnior, a passagem de São Luís se manteve como a mais barata das 15 capitais do levantamento. Em 2012 (último ano de Castelo), a passagem média era R$ 1,981 (a que mais se aproximava era a tarifa de Teresina, custando R$ 2,10). O preço se manteve estável em 2013, tendo como mais próximas as capitais Teresina (R$ 2,10) e Fortaleza (R$ 2,00).
Em 2014, subiu, mas, mesmo assim, ficou abaixo de todas as outras: R$ 1,998 (as mais próximas eram as tarifas de Teresina e Macapá, a R$ 2,10).
Em 2015 e 2016, novas subidas (R$ 2,350 e R$ 2,511), porém sempre abaixo de outros preços.

Evolução da passagem em São Luís
Norte e Nordeste (15 capitais)

2001 – 5º mais barata
R$ 0,998 (atrás apenas de Belém, Natal, João Pessoa, Recife)

2002 – 2º mais cara
R$ 1,314 (a frente apenas de Fortaleza)

2003 – 7º mais barata
R$ 1,314

2006 – 3º mais barata
R$ 1,576 (atrás apenas de Belém e Teresina)

2012 – mais barata
R$ 1,981 (a mais próxima era a tarifa de Teresina, custando R$ 2,10)

2013 – mais barata
R$ 1,981 (as mais próximas eram as tarifas de Teresina, a R$ 2,10, e Fortaleza, a R$ 2,00)

2014 – mais barata
R$ 1,998 (as mais próximas eram as tarifas de Teresina e Macapá, a R$ 2,10)

2015 – mais barata
R$ 2,350 (as mais próximas eram as tarifas de Belém e Fortaleza, a R$ 2,40 cada, e Natal, a R$ 2,35)

2016 – mais barata
R$ 2,511 (a mais próxima é a de Porto Velho, a R$ 2,60)
Fonte - O Imparcial  23/03/2016

quarta-feira, 23 de março de 2016

Satélite vai permitir universalização da banda larga em todo o país

Ciência e Tecnologia

Ele vai ser lançado em parceria com a França e é um patamar tecnológico que temos de alcançar. Lançar o satélite, mas, em um segundo momento, sermos capazes de produzir esse satélite no Brasil”, disse Dilma. O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas está sendo fabricado na França desde janeiro de 2014 e o lançamento deve ocorrer entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.

Andreia Verdélio
Repórter da Agência Brasil

Obras de infraestrutura do Satélite Geoestacionário de Defesa
 e Comunicações Estratégicas, do Centro de Operações Espaciais
 do VI Comar da Aeronáutica - José Cruz/Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff visitou hoje (23) as obras de construção do centro de controle do satélite que vai levar internet de alta velocidade a regiões longínquas do país, onde ainda não é possível chegar com cabos de fibra ótica. O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas está sendo fabricado na França desde janeiro de 2014 e o lançamento deve ocorrer entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.
“Ele vai ser lançado em parceria com a França e é um patamar tecnológico que temos de alcançar. Lançar o satélite, mas, em um segundo momento, sermos capazes de produzir esse satélite no Brasil”, disse Dilma. A construção do equipamento está sendo acompanhada pela Visiona, uma empresa brasileira de cooperação entra a Telebras e a Embraer.
Durante a visita às obras da antena de monitoramento do satélite, no 6º Comando Aéreo Regional em Brasília, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, explicou que o equipamento é um grande instrumento para alcançar a universalização do acesso à internet, por meio da banda KA, dentro do novo Programa Nacional de Banda Larga.
“Queremos chegar, até o fim de 2018, com fibra ótica a 70% dos municípios brasileiros que representam 95% da população, propiciando não apenas a integração da população brasileira mas o acesso ao conhecimento”, disse Figueiredo. “No restante onde não conseguirmos chegar com fibra ótica, vamos com satélite, que vai servir como redundância para que possamos chegar em locais mais longínquos, mesmo já cobertos com fibra ótica. Por exemplo, na Região Nordeste, vamos chegar em Fernando de Noronha”, explicou.
O equipamento deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2017. Um segundo ponto de monitoramento será montado em outro centro de operações no Rio de Janeiro.

Segurança Nacional
Além de internet, o satélite tem o objetivo de trazer mais segurança às comunicações estratégicas e militares do governo brasileiro, utilizando a banda X, faixa destinada exclusivamente ao uso militar. Segundo o comandante do Centro de Operações Espaciais, coronel Hélcio Vieira Júnior, o satélite vai cobrir todo o território brasileiro, o Atlântico Sul e grande parte da área de interesse do país, do Haiti até a Antártica.
“Militarmente falando, ele vai possibilitar que façamos comando e controle de todos os tipos de ações em que as Forças Armadas estão envolvidas, desde combate a ilícitos nas fronteiras e ajuda humanitária até, se for o caso, ações realmente militares”, disse.
O projeto do satélite geoestacionário é uma parceria entre os ministérios das Comunicações e da Defesa e tem investimento de R$ 1,7 bilhão. Hoje, segundo as pastas, as comunicações militares brasileiras são feitas por meio de aluguel da banda X em dois satélites privados, ao custo anual de R$ 13 milhões. Quando o satélite geoestacionário do Brasil entrar em operação, apenas um dos contratos será mantido, como garantia em caso de falha do novo satélite.
O satélite geoestacionário, segundo o coronel Vieira, é o primeiro do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, do Ministério da Defesa, que inclui vários grupos de satélites.
O primeiro visa a levar muitas informações a pontos distantes. Além do satélite geoestacionário, o grupo terá satélites de sensoriamento remoto que vão possibilitar o monitoramento de toda a fronteira seca e molhada e o controle do tráfego marítimo. “Além disso, estão previstos satélites de geoposicionamento, a exemplo do GPS americano, que vão permitir que o governo brasileiro tenha um referencial de tempo nacional. Vão melhorar muito nossos sistemas bancário, de transmissão de energia e de bolsa de valores, entre outros”, afirmou.
*Texto alterado às 16h32 para corrigir o valor investido no projeto do satélite geoestacionário. O correto é R$ 1,7 bilhão, e não R$ 1,7 trilhão, como estava no texto.
Fonte - Agência Brasil  23/03/2016

Uber se prepara para começar a atuar em Salvador

Transportes

A empresa Uber opera serviço de transporte individual de passageiros em 9 cidades brasileiras.Atualmente, a Uber faz transportes de passageiros em 261 cidades de todo o mundo. Segundo a Uber, o cadastro dos motoristas que podem circular na capital baiana só vai ocorrer depois de uma avaliação.

Sayonara Moreno
Correspondente da Agência Brasil

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A empresa de transporte particular por aplicativo, a Uber, começou a avaliar motoristas em Salvador para fazer cadastros ainda este ano. Atualmente, a Uber faz transportes de passageiros em 261 cidades de todo o mundo. O prefeito da cidade, ACM Neto, no entanto, já sinalizou posicionamento contrário à circulação desse transporte alternativo na capital baiana.
Segundo a Uber, o cadastro dos motoristas que podem circular na capital baiana só vai ocorrer depois de uma avaliação. “[A avaliação] é feita em vários níveis. Inclui buscar talentos e compartilhar informações com os cidadãos que queiram ter uma nova oportunidade de renda com autonomia, flexibilidade e dignidade dirigindo na plataforma da Uber”.
Na última semana, o prefeito de Salvador, ACM Neto, divulgou novas regras para o funcionamento de táxis na cidade. Durante o evento, criticou o modelo de transporte praticado pela Uber. “Quero reafirmar o meu compromisso de trabalhar para combater a clandestinidade. Nós não podemos admitir que um pai ou uma mãe de família, que paga suas taxas e segue o regulamento, [passem por uma] uma competição desleal e injusta com quem está na clandestinidade, com quem não se submete às regras e não passa pelo crivo do poder público", disse ele.
ACM anunciou a extensão do período para cobrança da bandeira 2 aos taxistas e defendeu a categoria: "Irei com unhas e dentes defender e proteger os taxistas, sempre que o interesse de vocês estiver em jogo”.
No Brasil, a Uber faz transporte alternativo individual de passageiros em 9 cidades: Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo, onde, em janeiro deste ano,houve confrontos entre motoristas da empresa e taxistas.

Repercussão
Compartilhado em sua página no Facebook, o discurso do prefeito dividiu opiniões. “O serviço de táxi em Salvador é muito precário. Muitos deles são despreparados e mal-educados. O Uber é um serviço que deveria ser regularizado”, defendeu o internauta Fábio Lucas. “Deveria se preocupar em regulamentar o Uber. Impossível pegar um táxi em Salvador em dia de evento”, disse o usuário do Facebook Felipe Mendonça.
Outros internautas saíram em defesa dos taxis: “Uber é concorrência desleal, haja visto que eles não têm os custos do taxista municipal. Creio que essa nova regulamentação deve contemplar isso”, disse Marco Antônio Paes. “Gente, essa prática de comércio do Uber não respeita os taxistas que são profissionais e pagam impostos e os pontos de táxis”, escreveu Natanael Yamamoto.
Em nota, a empresa Uber disse ser “completamente legal, já que os motoristas parceiros prestam o serviço de transporte individual privado, que tem respaldo na Constituição Federal e é previsto em lei federal (Política Nacional de Mobilidade Urbana – PNMU)”.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgou estudo, no fim de 2015, feito em cidades brasileira onde já existe o sistema e onde não existe: “A entrada do aplicativo Uber no mercado brasileiro não influenciou de forma significativa o mercado de táxis nacional”. De acordo com o levantamento, "a empresa atende uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos taxistas”.
A Uber é uma empresa norte-americana que credencia motoristas, depois de uma avaliação, para trabalharem com transporte particular, solicitado pelos clientes, por meio de aplicativo.
Fonte - Agência Brasil  23/03/2016

Travessia Marítima Salvador/Itaparica opera nessa quarta (23) com cinco(5) embarcações

Travessia Marítima

A travessia marítima Salvador/Itaparica pelo Ferry-Boat conta nessa quarta feira (23) com cinco (5) embarcações em operação

Da Redação
foto - ilustração/Internacional Marítima Salvador
O sistema Ferry-Boat realiza as travessias Salvador/Ilha de Itaparica/Salvador nesta manhã de quarta-feira (23) tendo as embarcações Rio Paraguaçu, Zumbi dos Palmares , Agenor Gordilho, Ivete Sangalo e Dorival Caymmi à disposição. As saídas ocorrem nos horários regulares (de hora em hora), e viagens extras nos momentos de maior demanda já estão ocorrendo. Neste momento, fluxo moderado com maior movimento para veículos no terminal São Joaquim, em Bom despacho fluxo tranquilo.
A venda das passagens para o serviço Hora Marcada é feita somente através do site* https://portalsits.internacionaltravessias.com.br, e atende, exclusivamente, aos condutores de veículos (e seus respectivos passageiros). O pagamento para esta modalidade pode ser feito através dos cartões de débito ou crédito. O sistema Ferry-Boat dispõe de uma Central de Atendimento ao Cliente (CAC), localizada no Terminal São Joaquim, aberta de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h
Hora Marcada - *https://portalsits.internacionaltravessias.com.br
Contatos - 71 3032-0475 e cac@internacionaltravessias.com.br
Com informações da Internacional Travessias Salvador 23/03/2016

Processo de impeachment não resolverá crise política, dizem especialistas

Ponto de Vista

O cientista político Carlos Ranulfo ressaltou que o Congresso e, principalmente, o Judiciário não devem se deixar pautar pelo clamor popular. “Nenhuma democracia funciona com base na voz das ruas. Ela não te diz para onde ir, nem fundamenta a democracia. Por isso que a Justiça não pode se pautar pela voz das ruas.  A voz das ruas não faz as leis”, frisou o professor da UFMG.

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração
Em tramitação no Congresso, o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, independentemente do resultado, não resolverá a crise política vivida pelo país, avaliam cientistas políticos ouvidos pela Agência Brasil. Para os especialistas, a polarização da política e a descrença da população nos partidos políticos permanecerão após o desfecho do julgamento do impedimento da presidenta.
Para o cientista político e professor titular do curso de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Ranulfo, o impeachment não representa risco à democracia, mas ele considera a constitucionalidade do procedimento discutível. “Estamos discutindo o afastamento de um presidente sem base jurídica para tanto. É diferente o afastamento político do afastamento por crime de responsabilidade. Mas não há crime de responsabilidade que possa ser imputado a Dilma. É uma violência à Constituição”, disse Ranulfo.
O cientista político, antropólogo e sociólogo da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Flávio Testa considera que o momento político brasileiro fortalecerá a democracia e as instituições. Para Testa, o pedido de impedimento de Dilma tem fundamentação legal e “ótima fundamentação”. “Não vejo problemas [quanto à fundamentação do pedido]. As pedaladas fiscais foram julgadas pelo TCU [Tribunal de Contas da União] e configuram crime de responsabilidade”, afirmou, referindo-se ao mecanismo usado pelo governo, no ano passado, de repassar dinheiro de benefícios sociais à Caixa Econômica depois que o banco já havia feito o pagamento aos beneficiários.
De acordo com o cientista político e professor do curso de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Maurício Santoro, no entanto, diferentemente do processo que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que, segundo ele, unificou o país e fortaleceu a democracia, no caso da presidenta Dilma Rousseff o resultado deve provocar ainda mais tensionamento.
“O processo contra o Collor fortaleceu a democracia. Tínhamos uma visão de que aquele impeachment era necessário. [Hoje] embora pesquisas demonstrem grande apoio ao impeachment, a base legal do pedido é bastante controversa. Não há, como houve no Collor, uma prova de que ela tenha recebido ou sido beneficiada pela corrupção”, comparou Santoro.
Para ele, o clima de divisão política pode resultar, no Brasil, em um desfecho semelhante ao ocorrido na Itália, com a eleição de Silvio Berlusconi, após a Operação Mãos Limpas. “O momento de hoje [no Brasil] tem semelhanças com o que aconteceu na Itália após a Operação Mãos Limpas. Assim como a Mãos Limpas, que resultou na condenação de vários políticos, o resultado não foi uma democracia mais sólida, mas a ascensão de Berlusconi, que representou a expressão: se você não acredita na política, vote em mim. Mesmo dento da democracia, a aversão ao sistema pode gerar coisas muito estranhas”, afirmou.
Na visão da cientista política da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) Maria do Socorro Sousa Braga, a não observância dos preceitos constitucionais na análise do impeachment pode agravar ainda mais as disputas políticas nas ruas.
“A democracia vai seguir, independentemente do resultado. No entanto, se não forem observadas as questões legais e se outras lideranças não forem punidas, por exemplo, com certeza podemos ter uma guerra civil. Nossas autoridades têm que ser responsáveis”, disse Maria do Socorro Sousa Braga à Agência Brasil.

Manifestações
Apesar de ressaltar o caráter democrático das manifestações, o cientista político Carlos Ranulfo ressaltou que o Congresso e, principalmente, o Judiciário não devem se deixar pautar pelo clamor popular. “Nenhuma democracia funciona com base na voz das ruas. Ela não te diz para onde ir, nem fundamenta a democracia. Cito o exemplo da Venezuela do [Hugo] Chávez. A voz das ruas é volátil. Ora vai para um lado, ora vai para outro. É um protesto, não fundamenta nada. Por isso que a Justiça não pode se pautar pela voz das ruas. A voz das ruas não faz as leis”, frisou o professor da UFMG.
De acordo com Maurício Santoro, nos últimos anos a pesquisa Latinobarómetro, feita por uma organização não governamental chilena que estuda a opinião pública em 18 países da América Latina, tem registrado uma oscilação do percentual de brasileiros que consideram a democracia o melhor sistema. Reflexo, conforme o professor da Uerj, da descrença de parte da população nos partidos.
Para ele, isso reforça ainda mais o papel do Judiciário neste cenário de crise. “Estamos vendo nos protestos um número expressivo de pessoas com faixas, cartazes expressando sentimento de crítica à democracia e de nostalgia à ditadura. O Poder Judiciário não é eleito por uma razão importante: a gente precisa de autoridades que não respondam aos anseios das ruas - para proteger os direitos das minorias. A democracia é o respeito à vontade das maiorias, mas sem desrespeitar o direito das minorias”, observou Santoro.
Na avaliação da professora Maria do Socorro Sousa Braga, a ida da população às ruas é importante e reforça a percepção sobre os deveres políticos. “É uma forma de mostrar sua insatisfação. E é ainda mais importantes porque as manifestações têm ocorrido sem violência, de forma pacífica e politizada. Sinal de democracia madura, seja de um lado ou de outro”, acrescentou a cientista política da UFSCar.
Fonte - Agência Brasil  23/03/2016

CCR Metrô Bahia fara testes com os novos trens do Metrô

Transportes sobre trilhos

Nesta quinta (24) após as 22:00h,a CCR estará realizando testes com as novas composições de trens, e obras de expansão para o início da operação da Linha2

Da Redação
foto - ilustração/Secom Ba.
A CCR Metrô Bahia informa que hoje (23), os torcedores do Bahia poderão contar com o metrô para ir à Arena Fonte Nova mas, excepcionalmente, não haverá operação especial após o término da partida. Todas as estações do metrô (de Lapa a Pirajá) irão funcionar até as 22h. Após esse horário, haverá a execução de testes dos novos trens e obras de expansão para o início da operação da Linha2. No domingo (27/3), dia de jogo na Fonte Nova, o metrô não irá funcionar também pelo mesmo motivo.
Na quinta-feira (24/3), o horário de funcionamento do metrô será normal, das 5h30 às 22h. Na sexta-feira (25/3), devido ao feriado, as estações não abrem. No sábado, o horário será normal, das 5h30 às 14h30.

A CCR informa o funcionamento do metrô na Semana Santa:
23/3 e 24/3 – das 5h30 às 22h
25/3 – Fechado
26/3 – das 5h30 às 14h30
27/3 – Fechado
Com informações da CCR Metrô Bahia 23/03/2016

Ministro Teori determina que investigações sobre Lula na lava jato sigam para STF

Política

Ministro Teori Zavascki suspendeu a divulgação das interceptações envolvendo a Presidência da República.Na decisão, Teori ainda desqualificou os argumentos de Moro para dar publicidade aos grampos. “Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal. Contra essa ordenação expressa [a Lei de Regência, que veda a divulgação de qualquer conversação 

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil*

Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (22) que o juiz da 13ª Vara de Federal de Curitiba, Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da operação na primeira instância, envie ao STF, imediatamente, todas as investigações que envolvam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na decisão, que atende a pedido da Advocacia-geral da União (AGU), Teori suspendeu, com base em jurisprudência da Corte, a divulgação das interceptações envolvendo a Presidência da República e fixou prazo de dez dias para que Sérgio Moro preste informações sobre a divulgação dos áudios.
“Embora a interceptação telefônica tenha sido aparentemente voltada a pessoas que não ostentavam prerrogativa de foro por função, o conteúdo das conversas – cujo sigilo, ao que consta, foi levantado incontinenti, sem nenhuma das cautelas exigidas em lei – passou por análise que evidentemente não competia ao juízo reclamado”, diz o ministro do STF.
Segundo Teori, os argumentos levantados pela AGU em relação à divulgação das interceptações do diálogo entre a presidenta Dilma Roussef e Lula, tornadas públicas na semana passada após decisão do juiz da primeira instância, apresentam “relevantes fundamentos que afirmam a ilegitimidade dessa decisão”. Na ação, a AGU, que representa a Presidência da República, sustenta que o juiz de primeiro grau não poderia ter levantado sigilo das conversas, decisão que caberia somente ao próprio STF.
“Em primeiro lugar, porque emitida por juízo que, no momento da sua prolação, era reconhecidamente incompetente para a causa, ante a constatação, já confirmada, do envolvimento de autoridades como prerrogativa de foro, inclusive a própria Presidente da República. Em segundo lugar, porque a divulgação pública das conversações telefônicas interceptadas, nas circunstâncias em que ocorreu, comprometeu o direito fundamental à garantia de sigilo, que tem assento constitucional”, afirma Teori no despacho.

Publicidade aos grampos
Na decisão, Teori ainda desqualificou os argumentos de Moro para dar publicidade aos grampos. “Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal. Contra essa ordenação expressa [a Lei de Regência, que veda a divulgação de qualquer conversação interceptada], que – repita-se, tem fundamento de validade constitucional – é descabida a invocação do interesse público da divulgação ou a condição de pessoas públicas dos interlocutores atingidos, como se essas autoridades, ou seus interlocutores, estivessem plenamente desprotegidas em sua intimidade e privacidade”.
No despacho, o ministro do STF ressaltou que a decisão não leva em conta o teor das gravações. “Cumpre enfatizar que não se adianta aqui qualquer juízo sobre a legitimidade ou não da interceptação telefônica em si mesma, tema que não está em causa. O que se infirma é a divulgação pública das conversas interceptadas da forma como ocorreu, imediata, sem levar em consideração que a prova sequer fora apropriada à sua única finalidade constitucional legítima ['para fins de investigação criminal ou instrução processual penal'], muito menos submetida a um contraditório mínimo.”
*Colaborou André Richter
Fonte - Agência Brasil  22/03/2016