PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sábado, 3 de setembro de 2016

Queimadas sobem e batem recorde no Brasil

Meio Ambiente

O dado foi anunciado em tom de alerta. “Ainda estamos no começo da temporada de queimadas. O que aconteceu até agora talvez 15% ou 20% de tudo o que ainda vai acontecer”, disse o pesquisador Alberto Setzer, coordenador do monitoramento de queimadas do Inpe.

Revista Amazônia
Mapa de Risco de Fogo gerado em 18/08/2016
fotos - Inpe, MODIS/RapidResponse
 NASA GSFC
Antes mesmo do auge da temporada seca no País, o foco de incêndios em todo o território desde o começo do ano, foi maior que no mesmo período do ano passado. Com mais de 67 mil focos de queimadas e incêndios florestais no país até o último 17 de agosto e alerta que o tempo quente e seco pode agravar a situação, caso as ações de fiscalização não sejam intensificadas, é a maior taxa desde o início da série histórica em 1998, segundo levantamento divulgado recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O dado foi anunciado em tom de alerta. “Ainda estamos no começo da temporada de queimadas. O que aconteceu até agora talvez 15% ou 20% de tudo o que ainda vai acontecer”, disse o pesquisador Alberto Setzer, coordenador do monitoramento de queimadas do Inpe.
Há cerca de um mês, a NASA já tinha divulgado uma previsão de que, por causa de condições climáticas adversas, a Amazônia poderá ter neste ano a pior temporada de queimadas do registro histórico. A análise é que se trata de um reflexo do intenso El Niño que atinge o planeta desde o ano passado, levando a um ressecamento do solo na região, que deve chegar ao auge agora com o início da temporada seca.
Os números do Inpe confirmam que, de fato, alguns Estados da Amazônia já tiveram nos primeiros meses do ano mais focos de incêndios que os registrados desde 1998. O Mato Grosso, por exemplo, teve recorde de focos nos meses de fevereiro, março e abril, mas teve alguma redução em maio e junho. O Pará bateu recordes em fevereiro, abril, maio, junho e julho.
“As queimadas não são um fenômeno natural, elas não ocorreriam naturalmente, ao menos não nessa quantidade, talvez 0,5% disso, nem isso. Por trás tem sempre a ação humana, de propósito ou sem querer. Aí que está a chave do problema. Se a população seguir a legislação e as autoridades controlarem, impedirem, não vai acontecer nada. Mas as condições climáticas na Amazônia de fato criam condições favoráveis para o fogo.”
O problema, no entanto, vai além do El Niño, porque esta ocorre no País inteiro e não são todas as regiões que estão sendo afetadas pelo fenômeno, pondera o pesquisador.
“Por algum motivo, as pessoas estão botando muito mais fogo neste ano”, diz.
Ele aponta que unidades de conservação também estão sendo afetadas. Só no dia desse comunicado, havia 172 áreas protegidas com algum problema de fogo, ou no interior da unidade ou na borda. “O Parque Nacional do Araguaia estava queimando há semanas, com vários incêndios gigantes. O Parque Indígena do Xingu, com focos há vários dias”, afirmou.
De acordo com o Inpe, a temporada de queimadas no Brasil ainda está no início, com pico previsto para setembro. Portanto, a recomendação é que a população não coloque fogo na vegetação nesta época do ano, pois a ação humana, somada ao tempo quente e seco, ainda é uma das principais causas dos incêndios florestais.

Queimadas/Causas/Origens
Cerca de 40% dos incêndios ocorridos no Brasil têm origem em queimadas malfeitas, ou seja, que não conseguiram ser controladas e consumiram área de vegetação não prevista.
Tradicionalmente o inverno é uma das épocas do ano com maiores índices de incêndios no País. O ar seco estimula a proliferação do fogo e prejudica ainda mais a situação de áreas verdes que já sofrem com as queimadas na lavoura e o fogo criminoso, que facilita o desmatamento.
O Código Florestal Brasileiro permite a chamada queima controlada apenas em duas situações: na agricultura de subsistência, exercida por populações tradicionais e indígenas, e também na prevenção e combate aos incêndios.
Neste último, o fogo é usado para combater o próprio fogo: equipes especializadas ateiam fogo em áreas próximas a incêndios e, em seguida, o apagam. As faixas de vegetação queimada bloqueiam a expansão de incêndios na medida que não há mais o que ser consumido pelas chamas nos lugares previamente queimados.
Já a queima controlada em áreas agropastoris ou florestais só pode ser realizada em locais onde há justificativa para o uso do fogo. Para isso, é necessária aprovação prévia do órgão estadual responsável pelas questões ambientais.
A queimada ainda é permitida em atividades de pesquisa científica vinculada a projetos aprovados pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida.

Na Amazônia
Aproximadamente, 30% das queimadas no Brasil, ocorrem na Amazônia, principalmente na parte sul e sudeste da região. Elas têm impacto mais severo na seca, notadamente quando a temperatura está acima da média e há redução de chuvas – na Amazônia a estação seca, começa em julho e vai até outubro.
O problema maior é que o processo de corte e queima ainda é a forma tradicional de abertura de novas áreas para trabalhar a terra, na Amazônia. Neste 2016, até 17/08, as queimadas na Amazônia, correspondiam a 53,7%, em relação ao Brasil.

No Mundo
NASA diz que julho foi o mês mais quente dos últimos 136 anos. “Não foi por uma margem larga, mas julho de 2016 foi o mês mais quente desde que os registros começaram a ser feitos em 1880”, disse Gavin Schmidt, diretor do Goddard Institute for Space Studies (Giss), da Nasa. “Parece quase uma certeza que 2016 também será o ano mais quente da história”, afirmou o diretor em comunicado divulgado pela agência espacial.
De acordo com a Nasa, o registro da temperatura global moderna começa por volta de 1880 porque as observações anteriores não cobriam suficientemente o planeta Terra.
A análise feita mensalmente pela equipe do Giss é realizada a partir de dados adquiridos por cerca de 6.300 estações meteorológicas em todo o mundo, instrumentos navais e bóias de medição da temperatura da superfície do mar e estações de pesquisa da Antártida.
Fonte - Revista Amazônia  02/09/2016

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