quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ANDANDO DE VLT

Ponto de Vista

O VLT passou a ser o grande eixo social, ambiental e econômico servindo como novo padrão de desenvolvimento da cidade. É indiscutível os benefícios que a cidade vem colhendo. O planejamento estratégico levou a eficiência. A eletrificação ferroviária passou a ser o grande indutor do crescimento econômico. Transporta energia limpa, é mais rápida, econômica e segura.

Vicente Vuolo
foto - ilustração/arquivo
Quem visita a cidade do Rio de Janeiro e chega pelo aeroporto Santos Dumont, logo se depara com o novo e moderno meio de transporte circulando pelas ruas do centro da cidade maravilhosa. É o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deslizando pelas avenidas e zona portuária ao lado de ciclovias e pedestres tornando a paisagem mais humana e ambientalmente saudável.
É indiscutível os benefícios que a cidade vem colhendo. O planejamento estratégico levou a eficiência. A eletrificação ferroviária passou a ser o grande indutor do crescimento econômico. Transporta energia limpa, é mais rápida, econômica e segura.
O VLT passou a ser o grande eixo social, ambiental e econômico servindo como novo padrão de desenvolvimento da cidade. Trabalhadores, empresários, executivos, estudantes se deslocam num menor tempo e com muito mais conforto. Criaram-se condições para atrair novos investimentos que gerem riqueza e melhoria na qualidade de vida. Tudo isso, com a preocupação central, que é a questão ambiental. A adoção dessa tecnologia reduz a emissão de CO2, que é parte de acordos internacionais sobre o clima.
Atualmente, o modal liga a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, e faz conexão com ônibus intermunicipais, metrô e terminal de cruzeiros marítimos. Como o trem não possui catracas ou cobradores, o usuário deve validar o cartão em um dos 28 equipamentos instalados no interior do veículo. Quem não possuir Bilhete Único pode adquirir o bilhete expresso nas paradas do VLT, que possuem terminais de autoatendimento.
Andar de VLT no Rio não é mais um sonho. É uma realidade! Um transporte ecologicamente correto que veio para ficar e servir de inspiração para outras cidades. Uma solução prática para substituir os engarrafamentos, poluição, stress e demora para chegar ao trabalho do dia a dia das grandes cidades.
Andar de VLT em Cuiabá ainda é um sonho. A obra está paralisada para espanto da população. Um prejuízo gigantesco para o Estado e a população.
Pasmem! Poucos políticos falam do assunto na mídia como se fosse uma coisa normal abandonar uma obra de mais de 1 bilhão de reais. O que parece sobrar são candidatos mais preocupados com o seu projeto de poder e menos com o projeto da cidade.
Depois de tantos escândalos de corrupção que levaram muitos à prisão, um recente afastamento da Presidente da República e da cassação do Presidente da Câmara dos Deputados, era de se esperar que os debates eleitorais estivessem mais conectados com a sociedade e viessem carregados de maior seriedade, com a preservação de projetos para a sociedade e para a cidade. Deveríamos estar escolhendo entre vários projetos de solução para o caos da mobilidade urbana, entre projetos diferentes para o tratamento do desemprego e as ideias de desenvolvimento econômico sustentável de nossas cidades.
Os eleitores e as eleitoras devem cobrar isso de seus candidatos. Não vamos a lugar algum se ficarmos votando sem responsabilidade e fazendo vigorar a velha política de troca de favores. É hora de mudarmos isso!
Por que não discutimos o VLT de Cuiabá, a reurbanização em volta de seu trajeto, o incentivo à indústria do turismo, a formação de polos de geração de emprego com base
tecnológica, a despoluição de nossos cursos d’água, a criação de hortas comunitárias e espaços de convivência?
Cuiabá está prestes de completar 300 anos de história. Não merece de presente esse cartão postal de abandono das obras do VLT. De quem é a responsabilidade? Uma coisa é certa: é um crime doloso contra capital mato-grossense.
*Vicente  Vuolo é economista.cientista político e analista legislativo do Senado Federal
Enviado por Vicente Vuolo  15/09/2016

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