quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Força e trajetória de mulheres negras mostram o retrato da cultura baiana

Cultura

Para a coordenadora da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Nairobi Aguiar, algumas iniciativas já têm buscado a reparação e o reconhecimento do lugar e do espaço dessas mulheres, como o Dia Nacional da Mulher Negra, comemorado em 25 de julho, e o Estatuto da Igualdade Racial.

Da Redação
foto - Divulgação
Mulheres que estão fazendo história na Bahia e no mundo e guardam entre si uma característica em comum: são negras. Esse grupo ocupa todos os lugares, posições sociais e diferentes círculos de influência. São mulheres empoderadas que relatam suas vidas sobre o ponto de vista de quem tem, na cor da pele, a trajetória marcada por uma série de preconceitos e diretos privados ao longo do tempo.
História essa que elas decidiram mudar e que contam com breves relatos do especial 'Nossa Cultura', uma série de vídeos produzidos pela Secretaria de Comunicação Social da Bahia (Secult), em parceria com Secretaria da Cultura (Secult) e outras pastas. A ideia da série é mostrar ações de governo que têm mudado a cara da cultura baiana.
Para a coordenadora da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Nairobi Aguiar, algumas iniciativas já têm buscado a reparação e o reconhecimento do lugar e do espaço dessas mulheres, como o Dia Nacional da Mulher Negra, comemorado em 25 de julho, e o Estatuto da Igualdade Racial. "Esse marco regulatório busca também estar de alguma forma reparando esse lugar das mulheres negras, que durante muito tempo foi invisibilizado. Por exemplo, a Sepromi [Secretaria de Promoção da Igualdade Racial] tem um edital hoje, que é o Edital Agosto da Igualdade, que prevê uma premiação específica para mulheres negras", contou.
E é através do reconhecimento da história e da origem dessas mulheres que se pode fazer diferença, é o que acredita a historiadora Vanda Machado. "Imagine só, alguém que vem no navio negreiro, completamente perdido, a única coisa que traz é a sua memória. Então, essa reminiscência do passado é que nos dá vida, é o que nos projeta para o futuro", explicou.
O reconhecimento do sucesso e dos feitos dessas mulheres extrapola o âmbito nacional, como no caso da designer de moda e também professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Carol Barreto. "Sair num site de uma revista como L'Officiel, que é de origem francesa, e tá lá: 'Estilista baiana apresenta coleção em Paris inspirada na luta de mulheres quilombolas'. Eu nunca imaginei na minha vida que eu iria desfilar em Paris", comemorou a designer.
Com informações da Secom Ba.  17/08/2016



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