quinta-feira, 21 de julho de 2016

Método Canguru oferece qualidade de vida aos recém-nascidos da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes em Sergipe

Saúde

Somente nos seis primeiros meses de 2016, a ação assistencial já beneficiou mais 166 bebês prematuros.“Durante o processo é possível aumentar o vínculo afetivo entre mães e bebês através da humanização,oferecendo mais qualidade de vida aos recém-nascidos abaixo do peso

ASN
foto - Ascom/SES
Referência no atendimento às gestantes de alto risco, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) trabalha com o Método Canguru desde 2006. Trata-se de um tipo de assistência neonatal que proporciona o contato pele a pele entre a mãe e o bebê, estimulando o desenvolvimento e ajudando na recuperação de bebês de baixo peso e prematuros. Em Sergipe, a MNSL é a única unidade de saúde do SUS a trabalhar com o Método Canguru. Somente nos seis primeiros meses de 2016, a ação assistencial já beneficiou mais 166 bebês prematuros na ala verde da unidade hospitalar.
“Durante o processo é possível aumentar o vínculo afetivo entre mães e bebês através da humanização, oferecendo mais qualidade de vida aos recém-nascidos abaixo do peso”, comenta o médico neonatologista da MNSL, Alex Santana. Ele ainda diz que, com a colocação do bebê no peito da mãe, é possível promover maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, ganho de peso, crescimento, evitando infecções hospitalares.
“O que me deixa mais segura e confiante é que posso acompanhar de perto todo o processo. A cada dia, vejo meu filho ficar mais forte e saudável. A equipe de profissionais também colabora bastante e garante o bem-estar do bebê”, revela Genilma Lima, mães dos gêmeos Laura Sophia e João Guilherme, assistidos pela equipe multidisciplinar do Método Canguru na MNSL.

Assistência neonatal
O processo da assistencial Neonatal do Método Canguru é dividido em três etapas. Na primeira, a criança é enviada para Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), quando nasce prematuramente, sendo que a mãe permanece internada na maternidade para acompanhar o filho durante o processo.
O segundo passo é enviar a criança para a companhia da mãe, quando aprende a sugar e a mamar. O terceiro momento acontece após a criança ganhar peso satisfatório e ter um quadro de saúde clinicamente estável (não estar tomando soro, nem respirar com ajuda de aparelhos).
“A mãe precisa estar disposta a passar por um pequeno curso de capacitação para conhecer o projeto em todas as suas fases, para que possa ser realizado um trabalho integrado”, explica o médico neonatologista.
Já na terceira etapa, o bebê que participou do Método Canguru é acompanhado pela MNSL até os dois anos de idade, através do Ambulatório de Follow up.
De acordo com médico Paulo Menezes, neonatologista e um dos coordenadores do Método Canguru, cada recém-nascido teve uma média de ganho de peso de 18 gramas, por dia. “Com as atividades desenvolvidas, pudemos observar a diminuição no tempo de permanência de internação, que pode chegar até 13 dias. O estímulo ao aleitamento materno e o menor tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial, são as principais metodologias do Método Canguru”, pontua. “O objetivo desta prática não é só salvar vidas. Queremos dar qualidade de vida para os recém-nascidos e fazer com que eles se desenvolvam como se tivessem nascido de uma gestação normal”, acrescenta.

História
A posição Canguru foi idealizada na Colômbia, em 1979, para diminuir a mortalidade neonatal elevada naquele país. No Brasil, o método chegou em 1997 no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Em 2000, o Ministério da Saúde publicou a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, atualizada posteriormente pela Portaria nº 1.683 de 12 de julho de 2007.
Em Sergipe a prática foi instituída em 2002, ainda na Maternidade Hildete Falcão Baptista. Com a mudança do prédio, as ações passaram a ser realizadas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
Com informações da ASN (Ag. Sergipe de Notícias)  20;07/2016

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