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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Empresários elogiam medidas, mas há receio sobre impactos na inflação

Economia

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, elogiou a postura de Dilma. "Ela foi humilde, disse que 'precisa' da nossa ajuda e que não há tema interditado ao diálogo", observou.Para o presidente do Bradesco,o estímulo ao crédito"não cria [inflação] porque simplesmente estamos ajudando a parar de piorar".

Valor Econômico
foto - ilustração
Empresários que participaram ontem da reunião de retomada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, elogiaram as medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo governo, mas há divergências quanto ao seu impacto inflacionário. A mudança de atitude da presidente Dilma Rousseff, que pediu expressamente a ajuda dos conselheiros para superar a crise, impressionou.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, elogiou a postura de Dilma. "Ela foi humilde, disse que 'precisa' da nossa ajuda e que não há tema interditado ao diálogo", observou.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que as medidas de estímulo ao crédito poderão reduzir as taxas de juros e negou que pressionem a inflação. Para Trabuco, são políticas voltadas à retomada do crescimento. "Precisamos virar esse jogo", exortou.
O executivo negou que as bandas fiscais propostas pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sejam um afrouxamento da política em vigor. "Eu acho que é uma alternativa, o Barbosa estabeleceu a importância da governança fiscal. A banda seria dar uma elasticidade na transição", afirmou.
Para Trabuco, crédito é sempre algo que tem que ser colocado na oferta máxima. "A oferta de crédito está num nível adequado, e quando se oferta mais crédito, pode ter até disputa pelo preço e taxa de juros". O estímulo ao crédito, para o presidente do Bradesco, "não cria [inflação] porque simplesmente estamos ajudando a parar de piorar".
Em outra ponta, Eraí Maggi, do grupo Bom Futuro, receia que as medidas anunciadas gerem mais inflação. "Mas não vai ter outro jeito. Vão ter que fazer mesmo tendo risco [inflacionário] sim", afirmou. Para Maggi, o Brasil tem que ficar mais competitivo ao melhorar a infraestrutura. "Falta pouco", afirmou.
Maggi lembrou que o governo está trabalhando para que sejam licitadas novas rodovias, que - com o dinheiro da iniciativa privada - facilitariam as exportações. Uma das principais demandas do agronegócio é a ligação do Mato Grosso à ferrovia Norte-Sul, o que viabilizaria exportações pelos portos do Norte do país, "desafogando" os portos sulistas. "É uma 'perninha' que tem que fazer para essa ligação, são apenas 200 km para aproveitar a ferrovia", destacou.
Quanto ao apelo de Dilma para que apoiem a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Martins, da CBIC, ponderou que não adianta elevar impostos se o governo não cortar o gasto público. Ele também considerou positiva a medida anunciada por Barbosa, que amplia em R$ 10 bilhões a oferta de crédito habitacional por meio da aplicação de recursos do FGTS em Certificado de Recebível Imobiliário (CRI). Mas, para ele, o melhor modelo seria ampliar o limite para utilização do FGTS para R$ 300 mil ou R$ 400 mil. Ele deu como exemplo o teto aplicado no Distrito Federal, que é de R$ 235 mil.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, comemorou o anúncio da linha de refinanciamento das prestações do PSI e da Finame, voltada para bens de capital, de R$ 15 bilhões.
"Essa linha visa a não punir as pessoas que investiram e acreditaram no Brasil e foram pegas de surpresa com a recessão, esse é um exemplo de medida positiva", elogiou. Moan disse que compareceu à reunião disposto ao diálogo, "e isso aconteceu".
No mercado de capitais, houve também uma boa recepção. Um executivo de um banco de investimentos disse que a medida que pretende simplificar e ampliar a emissão de debêntures de infraestrutura é relevante e que o investidor também sai ganhando, com bom rendimento em uma aplicação de renda fixa em um ambiente econômico bastante volátil.
Fonte - Revista Ferroviária  29/01/2016

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