segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vitral Art nouveau do Cine Jandaia será restaurado pelo Ipac

Arte&Cultura

O imóvel foi inaugurado em 1931 e detém relevante importância arquitetônico-histórica por suas influências Art nouveau e Art déco, além da extensa lista de artistas locais, nacionais e internacionais que se apresentaram no local.Desde 2010 o cine teatro é tombado como ‘Patrimônio da Bahia’. Em 2013, o Ipac retirou o vitral por risco de desmoronamento, em decorrência de o proprietário ter deixado a edificação se arruinar. 

Da Redação

Salvador - O tradicional vitral da fachada do Cine Teatro Jandaia, em Salvador, de cinco metros de altura e 3,5 metros de largura, vai ser restaurado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ípac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult). O imóvel foi inaugurado em 1931 e detém relevante importância arquitetônico-histórica por suas influências Art nouveau e Art déco, além da extensa lista de artistas locais, nacionais e internacionais que se apresentaram no local.
Desde 2010 o cine teatro é tombado como ‘Patrimônio da Bahia’. Em 2013, o Ipac retirou o vitral por risco de desmoronamento, em decorrência de o proprietário ter deixado a edificação se arruinar. Diante do abandono do imóvel, o governador Rui Costa, anunciou no último dia 6 que o Ipac fará obras emergenciais de conservação, com escoramento, para em seguida o Jandaia ser desapropriado pelo Estado.
“A contenção da estrutura do imóvel deverá ser a primeira ação, pois o prédio se encontra com ameaça de desmoronar, aliado às primeiras ações de restauração do vitral, que já está de posse do Ipac”, explica o diretor-geral do órgão, João Carlos de Oliveira. O cine teatro pertence, atualmente, a Carlos Valensi, um descendente de franceses que mora no Rio de Janeiro e é herdeiro de uma rede de cinemas em várias cidades brasileiras.

Tombamento
Segundo leis municipais, estaduais e federais vigentes, a primeira responsabilidade de um imóvel é do proprietário. Por isso, caso ocorra desabamento, pessoas fiquem feridas ou morram, o proprietário pode ser responsabilizado criminalmente. Em segunda instância é a prefeitura local, pois responde pelo uso, ocupação e licenciamento do solo urbano da cidade que ela administra. Ações de isolar e retirar pessoas ameaçadas por imóveis em ruínas também é obrigação legal da prefeitura. Em última instância, é o órgão, por meio do qual foi feito o tombamento do imóvel.
“O tombamento não retira a propriedade de um imóvel. Pelo contrário, o proprietário passa a ter mais responsabilidade por se tratar de um bem cultural importante para o estado ou o País”, diz a diretora de Preservação Cultural do Ipac, Etelvina Rebouças. Em contrapartida, o proprietário de imóvel tombado tem prioridade nas linhas de financiamento para projetos arquitetônicos ou obras de restauro do seu prédio.
“Parte dos vitrais chegaram intactos, outra parte recuperamos”, ressalta a coordenadora de Restauro de Elementos Artísticos do Ipac, Kathia Berbert. A remoção foi orientada pelo professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), José Dirson Argolo. Os vitrais foram forrados com isopor e acondicionados em caixas de madeira.
A peça artística foi idealizada pelo fundador do Jandaia, João Oliveira, tendo uma ave - a jandaia - em uma das mãos de uma figura feminina Art nouveau. Mais informações podem ser obtidas na Diretoria de Projetos e Obras do Ipac pelo telefone (71) 3316-6731 ou 3116-6721, pelo email cores.ipac@ipac.ba.gov.br e no site do Ipac.
Com informações da Secom Ba. 16/11/2015

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